segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA dia 04-12 na CÂMARA dos VEREADORES

Nobres colegas Auxiliares,

Chegou a nossa vez!
No dia 04-12 (quarta-feira) vamos ter a oportunidade de mostrar aos vereadores que prestamos um serviço de grande relevância na rede pública de educação de Belo Horizonte. Por esse motivo merecemos melhores condições de trabalho. Precisamos LOTAR o plenário da Câmara nesse dia para mostar o nosso valor e também a nossa força.

Conto com a presença de TODOS os Auxiliares de Biblioteca na Câmara dia 04-12 às 13 horas.

Até lá!!!

Jorge Ferraz
  EM DrJXN

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Alunos do Colégio Garrastazu Médici fazem exposição sobre Marighella e querem mudar nome da escola


Eis uma grande história: estudantes do ensino médio do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em Salvador, fizeram uma exposição sobre o conterrâneo Marighella. Batizaram-na "A vida em preto e branco: Carlos Marighella e a ditadura militar". Neste vídeo, a professora de sociologia Maria Carmen (foto abaixo) mostra o trabalho de seus alunos.

"Seu livro foi uma base e uma inspiração para este trabalho", ela disse a Mário Magalhães, comovendo-o. Há um movimento para mudar o nome do estabelecimento para Carlos Marighella.

Médici era o ditador cujo governo torturava e matava seres humanos. Foi no seu mandato que ao menos 29 agentes da ditadura, armados até os dentes, assassinaram Marighella, desarmado.

A professora Carmen e seus alunos orgulham a Bahia e o Brasil. Quem mantém um colégio com tal nome se iguala a qualquer fanático que, na Alemanha, pretenda erguer uma escola chamada Adolf Hitler. (MM)

Carlos Marighella Vive. Parabéns à professora e aos alunos.

http://www.youtube.com/watch?v=XP58ztkAFv8

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PCB lança Mauro Iasi Pré Candidato à Presidência da República!

http://www.youtube.com/v/FGemD5VUapw?autohide=1&version=3&attribution_tag=QvcpJeewcjTPFVEoXs3iow&autoplay=1&showinfo=1&feature=share&autohide=1

Comissão recebe representantes de auxiliares de biblioteca da rede municipal de ensino

A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo emitiu pareceres a sete projetos de lei e deliberou sobre as datas de duas audiências públicas. O colegiado recebeu, ainda, representantes dos auxiliares de biblioteca da rede municipal de ensino, que solicitaram a realização de uma audiência para discutir as condições de trabalho e a relevância pedagógica e educacional dos serviços prestados pela categoria.
De acordo com o servidor municipal Jorge Ferraz, que participou da reunião da Comissão, quase todas as escolas municipais sofrem com o número reduzido de auxiliares de biblioteca, o que impede o acesso ao seu acervo em, pelo menos, um dos três turnos de funcionamento das instituições de ensino: manhã, tarde ou noite.
Os representantes da categoria também salientaram que a realização de audiência pública na Câmara servirá para combater a invisibilidade a que estão submetidos, uma vez que, segundo eles, “quando se pensa em educação, se pensa, em primeiro lugar, no professor”. Os auxiliares de biblioteca da rede pública de Belo Horizonte disseram, ainda, que pleiteiam condições de trabalho similares àquelas concedidas à categoria no município de Betim, que, de acordo com eles, é uma cidade que adota políticas de valorização profissional.
O presidente da Comissão de Educação propôs aos representantes dos auxiliares de biblioteca que encaminhem uma solicitação oficial de audiência pública, constando as sugestões de convidados e de temas a serem debatidos. A Comissão irá deliberar sobre a realização da audiência em sua próxima reunião ordinária, no dia 13 de novembro, às 13h30.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Escândalo: IPSEMG e MADRECOR negam cirurgia a uma Orientadora Educacional em Uberlândia, Minas Gerais.

A professora/orientadora educacional Rosimeire da Costa Maximiano, funcionária da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais, lotada na Escola Estadual Teotônio Vilela, em Uberlândia, está vivendo um drama nas mãos do irresponsável sistema de saúde público mineiro. Ela fraturou o ombro em três lugares, no dia 12 de setembro, e há 15 dias está internada no Madrecor, tendo sua cirurgia negada por esse hospital que recebe funcionários públicos estaduais conveniados pelo Ipsemg. A negativa está em torno do custo das placas que serão gastas na cirurgia. O Ipsemg diz que vai cobrir apenas R$1.800,00 com o custo da placa e o Madrecor argumenta que a placa custa R$8.000,00. Há 15 dias, a orientadora de ensino está internada sendo pressionada pelo seguinte dilema: ou paga a cirurgia ou o Madrecor e o Ipsemg não se esforçam para fazer a operação. Enquanto isso, o braço da companheira corre risco, inclusive, de evoluir para infecção grave, ao ponto de ter de ser amputado.
Como a paciente é uma funcionária pública estadual e não uma política influente ou uma pessoa da classe burguesa desse país – que, caso o fosse, já teria resolvido o problema no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por exemplo – em suma, como se trata apenas de uma simples e dedicada orientadora educacional que recebe um salário miserável no Estado de Minas Gerais, pagar os R$6.200,00 restantes para fazer a cirurgia representaria um difícil endividamento para a companheira trabalhadora em educação. Conclusão: internada e vivendo esse drama, ela corre o risco grave de ter sequelas incomensuráveis por conta desse descaso.
Rosimeire da Costa Maximiano, até agora, com a solidariedade do pastor de sua igreja, que é advogado, e com o acompanhamento político do Sind-UTE Uberlândia, entrou com mandato de segurança no Ministério Público e aguarda ansiosa mais um dia pela liberação ou não de sua cirurgia. Enquanto isso, na mídia, o governo Anastasia/Aécio Neves faz propaganda enganosa na televisão, dizendo que Minas Gerais tem o melhor sistema de saúde da região sudeste. Contudo, o que se vê, na prática, é o total descaso tanto da política do governo, tanto do Ipsemg, quanto do Madrecor, que é um hospital privado que presta serviço para o Estado de Minas Gerais através de convênio com o Ipsemg.
Na lógica deles, o que interessa, no caso do Madrecor, é lucrar com a cirurgia da paciente. E o que interessa, do ponto de vista do Ipsemg e do governo Anastasia/Aécio Neves, é gastar o mínimo com a saúde pública dos servidores públicos estaduais. Isso é ou não é um escândalo? Ainda temos desavisados que defendem privatizar a saúde, ao invés de exigir investimento público massivo no setor, para que a vida esteja acima do lucro e não o contrário.
Compartilhem, denunciem. Hoje o problema é de Rosimeire, amanhã o problema pode ser seu. Exigimos cirurgia já para companheira Rosimeire e tantos outros casos que são vítimas dessa política calamitosa de assistência à saúde em Minas Gerais. Custe R$8.000,00, custe R$100.000,00, que a vida seja colocada acima do lucro.
Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sind-UTE / MG e diretor da subsede do Sind-UTE em Uberlândia - Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU - Membro da CSP-CONLUTAS.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma educação para além do capital


imagem
Pela Base SEPE/ SINPRO do PCB-RJ*
Agosto de 2013
No mês de junho, as manifestações populares ocuparam as ruas de 438 cidades do país. Por volta de 2 milhões de brasileiros protestaram contra as condições de vida insuportáveis. A questão que desencadeou todo o movimento, "a fagulha que incendiou toda a pradaria", foi o aumento das passagens dos transportes urbanos. Entretanto, um sem-número de outras pautas e reivindicações se incorporaram às passeatas. A revolta contra a precariedade da educação, da saúde e dos transportes públicos; a indignação contra o sistema político-eleitoral e a farra com o dinheiro nas mãos dos governantes; a brutalidade das polícias militares, em especial nas favelas; os gastos na ordem de bilhões de reais com construções e reformas de estádios de futebol "com padrão Fifa". Não restam dúvidas, eles assumiram os golpes desferidos pela população. A imprensa mudou a forma de noticiar as marchas– se antes criminalizavam, passaram a aplaudir; suspendeu-se o aumento das tarifas em várias cidades; os índices de popularidade de vários governantes das três esferas (federal, estaduais e municipais) despencaram; e o Poder Legislativo passou a atuar pressionado. Todos os políticos, a partir de agora, pensarão duas vezes antes de tomar qualquer medida antipopular. Foram muitas vitórias. E ainda há muitas a conquistar!
O QUE CABE AOS EDUCADORES
Neste momento, a nossa principal tarefa é trazer as pautas das manifestações que tocam a educação para o debate nas greves, nas comunidades escolares, conversar com os nossos colegas, estudantes e também os pais. Em todas as passeatas, havia muitos estudantes das escolas públicas e particulares. Assim, o momento não poderia ser mais apropriado para discutir todas as mazelas da educação e da sociedade com eles. Devemos travar com a comunidade escolar um amplo diálogo e perguntar: o que poderia ser diferente? Que escolas e universidades queremos? As lutas populares são pedagógicas, elas também educam. O recuo dos governantes nas tarifas dos ônibus não poderia ser uma aula melhor sobre como somente os trabalhadores organizados são capazes de transformar profundamente uma sociedade, vide os exemplos históricos espalhados por todo o mundo.

A EDUCAÇÃO PÚBLICA
As políticas educacionais da rede estadual, da capital e em outros municípios do Estado são muito parecidas. Todas elas estão amparadas em princípios meritocráticos, privatistas e punitivos. São bem claras estas características no projeto de educação no Estado do RJ, representado por Risolia/ Cabral. O programa de bonificação dos professores por metas alcançadas trata-se de uma "aprovação automática" disfarçada, pois premia as escolas que apresentarem menores índices de reprovação. Assim, troca-se dinheiro por aprovações. Desta maneira, a Seeduc (Secretaria de Estado de Educação) consegue melhorar as frias estatísticas sem investir um centavo na educação. A "certificação" de professores também possui o mesmo perfil meritocrático, já que possibilita um aumento dos ganhos associado a aprovação numa prova e a frequência em cursos (para se tornarem repetidores de suas políticas) oferecidos pela Seeduc. Significa, na prática, enterrar o plano de carreira do magistério estadual. Além disso, esses programas não incorporam os aposentados como beneficiados. Por sua vez, o projeto 'Autonomia' (também presente no município do Rio) expõe as suas características privatistas. Toda a concepção pedagógica é transferida a uma entidade privada, a Fundação Roberto Marinho– da Rede Globo. Sabe-se muito bem, esta também possui um projeto político. A quem cabe o projeto pedagógico da educação pública? Aos empresários da grande mídia? A última do secretário Risolia soa ao extremo do ridículo! Ele quis reduzir em 20% a carga horária escolar. De acordo com a resolução, os discentes assistiriam às aulas da grade, de segunda a quinta, e na sexta-feira ficariam liberados para frequentar bibliotecas e realizar atividades extra-curriculares. Uma maneira bem "criativa" de esconder a carência de professores e afastar-se, de vez, das propostas de escolas de turno integral. Também é importante ter clareza sobre o papel dos funcionários (administrativos, inspetores, merendeiras etc.) numa escola. Sem os mesmos, a escola não funcionaria. Todavia, os governantes preferem trilhar o caminho da precarização e da terceirização dos funcionários. A Rede Municipal do Rio não fica atrás. Muito orgulhosa de ser a maior da América Latina, possui 25% das escolas em condições precárias, segundo publicação do jornal "O Dia" em 16/ 07/ 13. Por esta e outras razões, os educadores da capital se encontram em processo de mobilização nesta rede. Em vários municípios, a categoria se mantém em constantes mobilizações, e muitas redes passaram por greves este ano: São Gonçalo, São João de Meriti, Belford Roxo, Macaé, Rio das Ostras, entre outras.
EDUCAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL EM GREVE
Atualmente, as Redes Estadual e Municipal do Rio de Janeiro encontram-se em greve. Trata-se de uma luta na qual estamos inteiramente inseridos, construindo a mobilização junto às bases e ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação. Defendemos:
- eleições diretas para diretores com participação da comunidade escolar;
- fim das políticas meritocráticas (bonificações, avaliações externas, certificação, etc.);
- toda bonificação deve ser incorporada ao salário;
- combate ao assédio moral;
- contra o fechamento de escolas e turmas, denominado pelo governo como "otimização";
- uma escola por matrícula (derrubada do veto ao PL 2.220 para a rede estadual);
- cumprimento da lei de 1/3 da carga horária para planejamento;
- piso de 5 salários mínimos para professor e 3,5 para funcionários administrativos;
- FORA CABRAL, VÁ COM PAES!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Adicional de insalubridade para trabalhadores em bibliotecas e arquivos

O PL 2361/2011, de autoria do Deputado Federal Carlinhos Almeida (PT-SP), pretendia conceder aos trabalhadores em bibliotecas e arquivos o merecido adicional de insalubridade. Digo pretendia pelo fato do relator da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Sr. Lael Varella (DEM-MG), ter votado pela rejeição do projeto.

Seguem, em anexo, o Projeto de Lei e o infeliz parecer da Comissão.

Só falta, para completar, um projeto de lei concedendo insalubridade a parlamentares devido ao forte cheiro do dinheiro e o risco à saúde de se transportá-lo em cuecas e coisas do tipo.

Um abraço!

Ivo Funghi Baía

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Chapa branca

É louvável que as centrais sindicais voltem às ruas com suas reivindicações, ao lado dos partidos políticos tentando retomar a iniciativa perdida desde o primeiro governo Lula.

Sua pauta de reivindicações centrais sindicais traduz o sentimento da maioria da população: a falta de dinheiro aliada ao pouco caso do governo federal e do congresso para com os trabalhadores, tanto ativos quanto aposentados.

Uma olhada pouco mais cuidadosa à essa pauta, entretanto, expõe a contradição entre as reivindicações e a política de um governo que se diz capitaneado por um suposto Partido dos Trabalhadores. Senão, vejamos:

A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais propiciaria mais empregos, renda e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. O governo e seus aliados jamais encaminhariam tal proposta no congresso, pois a maioria da base aliada é composta por empresários, que não têm o mínimo interesse, muito pelo contrário, de reduzir seus lucros. Seriam necessárias inúmeras isenções fiscais e outros tipos de “incentivos” para existir a mínima probabilidade de tal proposta ter vida útil.

O fim do fator previdenciário e a melhoria das aposentadorias também não têm a menor chance de gorar. O governo e sua base são ferrenhos defensores do pagamento de uma dívida que não existe, mas ainda que existisse já teria sido paga inúmeras vezes. Sua aliança principal é com o capital, seu mentor e principal esteio de sustentação. Impossível imaginar retirarem recursos públicos de monta para favorecer o público.

O fim dos leilões do petróleo e a sua nacionalização integral via Petrobras são improcedentes pelo mesmo argumento. Desde Collor vivemos o império do neoliberalismo, consubstanciado no Consenso de Washington. Dilma e o PT – seus aliados então nem pensar – não possuem convicção política e muito menos ideológica para enfrentar o capital.

Já a proposta de reforma agrária é um autêntico chover no molhado. O Brasil é o único país com o capitalismo plenamente desenvolvido que não a realizou. Desde as capitanias hereditárias somos reféns de meia dúzia de posseiros que se auto-intitulam produtores rurais. O agronegócio possui cerca de 200 deputados federais, é a força mais organizada no congresso, daí não entender como o MST consegue conversar com o PT.

Transporte público e de qualidade significa ir contra os interesses dos empresários do setor, hábeis em financiar campanhas eleitorais de prefeitos, governadores, vereadores e deputados, tanto estaduais quanto federais. É brincadeira!

A terceirização é outra proposta sem perspectiva, afinal é preciso reduzir o ‘custo Brasil’. Os próprios sindicatos, federações, confederações etc. utilizam os seus serviços, como cobrar aquilo que eles mesmos não praticam? Poupem-nos!

As únicas chances, ainda que remotas, de algumas dessas propostas serem aprovadas recaem sobre os 10% do PIB para a educação e os 10% do Orçamento Geral da União para a saúde. O primeiro é mais viável pois existe um projeto em debate no congresso, apesar de uma manobra do governo federal ter feito ser aprovada no Senado proposta que reduz em cerca de R$ 200 bilhões os recursos para a educação nos próximos 10 anos.

Os profissionais da saúde foram mais pragmáticos ao reivindicar 10% do Orçamento Geral da União, já que é mais fácil mensurá-lo e controlá-lo. A dificuldade está no governo ceder, uma vez que 48% do mesmo é direcionado para o capital financeiro, o que lhe deixa pequena margem de manobra para comprometer esses 10%.

As contradições entre a pauta de reivindicações das centrais sindicais e a política do governo e do congresso são nítidas. Será que os sindicalistas vão se desfiliar dos partidos políticos que sustentam Dilma e seus aliados para lutar por essa pauta ou vão continuar dando uma no cravo e outra na ferradura?


Afonso Costa
Jornalista

segunda-feira, 3 de junho de 2013

VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES FOI TEMA DE AUDIÊNCIA

Violência contra professores foi tema de audiência
Na tarde de hoje (quarta-feira, 29/05), a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou audiência pública para discutir a falta de segurança a que estão submetidos professores da rede municipal de ensino. Requerida pelo vereador Joel Moreira Filho (PTC), a reunião contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, da Guarda Municipal e dos professores, que cobraram medidas para diminuir a insegurança vivida pela categoria no dia a dia escolar.
Educadores da rede municipal relataram a ocorrência de casos de violência, envolvendo inclusive agressões físicas e verbais praticadas por estudantes. De acordo com eles, as situações de desrespeito prejudicam a saúde emocional dos profissionais e, em muitos casos, provocam o licenciamento ou pedidos definitivos de exoneração do cargo.
Posição da PBH
Representando a Secretaria Municipal de Educação, Ismayr Sérgio Cláudio informou que a pasta vem trabalhando para dar respostas ao problema da violência nas escolas de Belo Horizonte. Segundo ele, dados oficias do município indicam que, em 2012, foram registradas uma média de 1,3 ocorrências por mês, embora a possibilidade de subnotificação não tenha sido descartada.
A Secretaria de Educação, além disso, estaria trabalhando na formulação de programas voltados para o enfrentamento da violência nas escolas. Dentre eles, a criação de um Planejamento de Segurança Escolar para o município, além da implantação do “Observatório do Clima Escolar”, que vai monitorar o dia a dia dos estabelecimentos de ensino de BH, estabelecendo indicadores e pontos críticos a serem trabalhados no âmbito do combate à violência. Além disso, a Secretaria planeja fortalecer o “Programa Rede Pela Paz”, no intuito de prevenir a violência e criar uma cultura de solidariedade e respeito nas escolas. Um sistema virtual para registro e diagnóstico de casos de indisciplina, incivilidade e violência por parte de alunos também está em fase de construção.      
Encaminhamento e prevenção dos casos de violência  
Wanderson Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), relatou que, não raro, as escolas e seus funcionários encontram dificuldade para decidir qual é o encaminhamento mais para as situações de violência que atingem os professores.
No cotidiano escolar, os desvios cometidos por alunos variam muito do ponto de vista da gravidade: situações de indisciplina e de incivilidade convivem com ofensas mais graves, como agressões verbais e físicas a educadores e funcionários. Decidir qual procedimento adotar em cada caso tem sido um desafio, indicou Rocha. Segundo ele, algumas ocorrências requerem intervenção policial, enquanto outras demandam a atenção do Conselho Tutelar, ou a intervenção de psicólogos e de assistentes sociais.
Diante disso, o líder sindical solicitou a criação de um protocolo capaz de orientar a atuação das escolas no momento dos encaminhamentos e de garantir uma atuação melhor articulada com outros órgãos do poder público.
Wanderson Rocha cobrou ainda a efetiva aplicação da lei 9.422/07, de autoria do vereador Ronaldo Gontijo (PPS), que propõe a criação de grupos de trabalho compostos, dentre outros, por professores, pais, especialistas e membros da comunidade do entorno escolar. O objetivo é que esses coletivos atuem na prevenção dos casos de violência, atacando a causa dos problemas e não apenas suas consequências.
Novas discussões
Para Arnaldo Godoy (PT), o combate à violência não deve passar pelos excessos na repressão e nem pela descaraterização do ambiente escolar, promovida, por exemplo, pela implantação de complexos sistemas de vigilância. Já Gilson Reis (PCdoB) lembrou que o problema não pode ser debatido tendo em vista apenas a educação pública, mas também rede privada, na qual situações de agressão e desrespeitos também afetam educadores.
De acordo com Joel Moreira Filho, autor do requerimento para a realização da audiência, o encontro marcou apenas um primeiro passo para a problematização do assunto. O vereador afirmou estar engajado na causa e manifestou a intensão de realizar novas discussões com foco na promoção da paz nas escolas e do bem estar dos professores de Belo Horizonte.
Outras deliberações
Na tarde de hoje, a Comissão de Educação aprovou a realização de audiência pública para discutir a dispensa das atividades curriculares aos sábados para os membros de igrejas Adventistas do Sétimo Dia. Requerida pelo vereador Juliano Lopes (PSDC), a reunião foi marcada para o dia 26 de junho.
A Comissão, além disso, emitiu parecer pela aprovação dos seguintes projetos de lei:
PLs 213/13 e 268/13, de autoria de Joel Moreira Filho, que alteram a Lei nº 10.444/12, que dispõe sobre a exigência de apresentação de atestado médico para a prática de atividades físicas em academias.
PL 229/13, de Elaine Matozinhos (PTB), que propõe instituir os Jogos Municipais da Terceira idade da Cidade de Belo Horizonte.
PL 295/13, que autoriza o Poder Executivo a criar a Fundação Municipal de Incentivo ao Esporte Olímpico.
Estiveram presentes na reunião os vereadores Arnaldo Godoy, Pelé do Vôlei (PTdoB), Gilson Reis, Joel Moreira Filho e Ronaldo Gontijo.    
Superintendência de Comunicação Institucional
Fonte: CMBH

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ORIENTAÇÕES SOBRE A GREVE NACIONAL

O Estado de Minas Gerais está veiculando nas escolas estaduais que os servidores designados, que aderirem à paralisação nacional nos dias 23, 24 e 25 de abril, serão dispensados por atingirem o limite de falta, que corresponde a 10% da sua carga horária mensal.
Essa informação NÃO É VERDADEIRA.
Todos os servidores públicos (efetivos, efetivados, em estágio probatório ou designados) têm direito ao exercício da greve. Este direito está expressamente contido na Constituição Federal (artigo 37, inciso VII).
As faltas advindas da paralisação não se confundem com faltas injustificadas. Em outras palavras, as faltas-greve não estão sujeitas a aplicação de sanções administrativas e não podem levar os servidores à demissão, suspensão, repreensão ou qualquer outra penalidade administrativa.
Deste modo, nenhum servidor pode ser punido pela simples participação na greve, até porque o próprio Supremo Tribunal Federal entende que a simples adesão a greve não constitui falta grave (Súmula n° 316 do STF).
Assim, todos os servidores (efetivos, efetivados, em estágio probatório ou designados) que aderirem à paralisação nacional dos dias 23, 24 e 25 de abril não poderão sofrer qualquer penalidade administrativa.
Importante apontar que não é necessário que o servidor comunique à Escola, Superintendência ou qualquer outro órgão que irá participar da paralisação, uma vez que o Estado de Minas Gerais já foi previamente comunicado pelo Sind-UTE MG.
Portanto, caso o livro de ponto não conste que as faltas são “falta-greve” ou “paralisação”, o servidor deve fazer um requerimento por escrito para a própria escola, em duas vias, exigindo a retificação das faltas, uma vez que elas são advindas da paralisação nacional.
Outra orientação é informar ao sindicato qualquer tentativa de coerção praticada por representante da Secretaria de Estado da Educação ou Direção de Escola. Atos contra a organização do trabalho e a liberdade sindical constituem crime e o sindicato tomará as medidas cabíveis para que o direito de organização da categoria seja preservado.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Superintendência de Uberlândia orienta proibir 1/3 de atividades extraclasse nas “janelas”, mas não tem argumentos legais.

Na luta contra a descaracterização da aplicação de 1/3 das atividades extraclasses, a direção do Sind-UTE Uberlândia solicitou orientação por escrito do atual Superintendente Regional de Ensino de Uberlândia, exigindo que se parasse de usar a inspeção escolar para proibir atividades extraclasses nas “janelas”. Como era de se esperar dos gestores coadunados com o governo Anastasia/Aécio Neves, que investem na política da imposição, ao invés de investir na política do diálogo, nossa reivindicação não foi atendida.
Ao responder, por escrito, esse questionamento do Sind-UTE Uberlândia, a Superintendência ordena nada mais, nada menos do que o descumprimento da lei. Por que afirmamos isso? Vejamos.
O que diz a lei, em relação ao tempo de atividade extraclasse?
"Art. 1º A carga horária semanal de trabalho correspondente a um cargo de Professor de Educação Básica com jornada de vinte e quatro horas compreende: I- dezesseis horas semanais destinadas à docência; II- oito horas semanais destinadas a atividades extraclasse, observada a seguinte distribuição: a) quatro horas semanais em local de livre escolha do professor; b) quatro horas semanais na própria escola ou em local definido pela direção da escola, sendo até duas horas semanais dedicadas a reuniões. (...) § 4º As atividades extraclasse a que se refere o inciso II compreendem atividades de capacitação, planejamento, avaliação e reuniões, bem como outras atribuições específicas do cargo que não configurem o exercício da docência, sendo vedada a utilização dessa parcela da carga horária para substituição eventual de professores."
O que ordenou a Superintendência?
"A direção da Escola deve evitar que o professor concretize sua carga horária de atividades extraclasse nas “janelas”, ou seja, no período que o professor permanece na escola entre uma aula e outra e não está lecionando, pois não é permitido equiparar o tempo do módulo-aula de 50 min com a previsão legal de hora relógio para as atividades extraclasse, independetemente do nível ou modalidade de ensino da Educação Básica que atue."
O que cobrou o Sind-UTE em documento escrito?
"Que as janelas (intervalos vagos de uma aula a outra) sejam computadas como atividades extraclasses exigidas na lei, espaço em que o docente poderá exercer atividades de estudo, preparação de aula, planejamento, reuniões com especialistas, dentre outros que não configurem docência. Caso diretores e inspetores insistam e não aceitem que as atividades extraclasses sejam cumpridas também nas janelas, que os horários das escolas sejam feitos de forma que não haja janelas."
Ora, por que a Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia, a mando do governo estadual, quer proibir atividades extraclasses nas “janelas”, se a lei maior não o proíbe? O argumento usado pela Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia, orientando a proibição de atividades extraclasses nas “janelas”, é uma deturpação grosseira da lei. Segundo a lei, no que se refere ao tempo a ser cumprido na escola, diz-se apenas que a atividade extraclasse deve ser cumprida com: “b) quatro horas semanais na própria escola ou em local definido pela direção da escola, sendo até duas horas semanais dedicadas a reuniões”. Nem uma vírgula a mais, nem uma vírgula a menos, esta é a lei. Ou seja, das quatro horas legais a serem cumpridas na escola, duas horas são para reuniões semanais, por conseguinte, nada impede que os 50 minutos de cada janela possam, sim, ser subtraídos do restante dos 120 minutos (2 horas) a serem cumpridas na escola em atividades de estudo, preparação de aula, etc. Só mesmo a ideologia deliberada de querer castigar o trabalhador não faz essa continha matemática tão simples.
Pergunta: fazer o trabalhador ficar mais tempo no trabalho do que o previsto em lei é ou não é uma ilegalidade, é ou não é um castigo, é ou não é uma deturpação com fins opressivos? Será que esses dirigentes do Estado de Minas Gerais ainda não aprenderam que o tempo da escravidão acabou? Ou querem nos colocar no tronco e nos chicotear, porque, nós, trabalhadores em educação, conquistamos, legalmente, o direito de 1/3 de atividades extraclasse? Castigando-se o trabalhador em educação obter-se-ão melhores resultados no processo educacional?
Ora, o que esses gestores públicos lamentavelmente não sabem e não aprenderam é que educação se faz com paixão, com liberdade, com tempo livre para pensar, com diálogo e não com a ideologia do castigo. Nós, profissionais da educação, devemos nos indignar contra essa política que não cumpre as leis, quando se trata de propiciar mais tempo livre para os educadores.
Dia 23, 24 e 25 de abril temos de parar todas as escolas mineiras e dar uma resposta política contra essas arbitrariedades deturpadoras. Nós, do Sind-UTE Uberlândia, vamos continuar travando a batalha política e jurídica para que, no caso de 1/3 de atividades extraclasses, se cumpra tão somente a lei. Não podemos aceitar as ordens daqueles que querem nos fazer engolir ilegalidades como se fossem legais. Abaixo a opressão aos educadores de Uberlândia e Minas Gerais! Que as “janelas” sejam computadas como atividades extraclasses!
Por: Gílber Martins Duarte

quarta-feira, 20 de março de 2013

Prefeitura de Sabará recebe verba para merenda mas não repassa às escolas

As Escola Municipais de Sabará estão sem merenda escolar, isso mesmo, os alunos estão ficando sem merenda na hora do recreio! 
A verba do governo Federal já está na conta da Prefeitura Municipal de Sabará desde o dia 28/02/2013 e até a presente data não foi enviado a merenda. 
O que estão fazendo com o dinheiro destinado a merenda escolar de Sabará? 
Não tem desculpa porque a verba já está disponível na conta. 
Mais uma VERGONHA para Sabará!!
 
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI 100 E A SITUAÇÃO ATUAL.

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Ainda nesse semestre o Supremo Tribunal Federal irá julgar a Adin ( Ação Direta de Inconstitucionalidade) encaminhada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que questiona e pede a queda da legalidade da famigerada Lei 100 do Governo de Minas Gerais, que a cerca de 6 anos desconsiderou os concursos públicos existentes e efetivou à época mais de 70 mil servidores.
Passados mais de meia década, hoje o número de servidores que se encontram sob a condição de efetivados não chega nem a metade do que foi efetivado em 2007, mas a situação criada pelo próprio Governo gerou graves distorções na categoria e agora paira sobre a cabeça de milhares de trabalhadores a incerteza sobre a sua situação funcional.
Para entender todo essa estranha ação do Governo à época ( efetivar servidores sem concurso público) é importante resgatar a história.
Durante mais de duas décadas o Governo do Estado de Minas descontou na folha de pagamento dos servidores da educação o montante referente a contriubição previdenciária, mas não fez os devidos repasses aos INSS, ou seja, deu o calote!
Milhares de servidores que se encontravam sob o regime de contrato, os chamados: designados estavam em condição ilegal perante a Seguridade Social e corriam o risco de terem o direito de se aposentarem por tempo de serviço e não poderem gozar do benefício.
Para piorar a situação, a avaliação dos juristas à época, inclusive da advocacia do Estado era que inevitavelmente uma onda de processos judiciais contra o Estado seriam movidos pelos servidores prejudicados e certamente o mesmo teria que indenizar esses milhares de trabalhadores que foram lesados durante esses anos.
Imaginem o quanto isso não iria custar aos cofres públicos e o quanto não desmoralizaria o Governo atual.
Antes que a bomba explodisse, em uma das maiores ações de marabarismo jurídico, o Governo decidiu efetivar, à revelia da Constituição brasileira, todos aqueles que se encontravam na condição de designados, desde que estivessem atuando no Estado a pelo menos um ano ininterrupto.
De uma só vez, o Governo efetivou servidores que trabalhavam no Estado a 20, 21, 23 anos e também aqueles que trabalhavam a 1, 2 , 3 anos!!!
E milhares de outros trabalhadores que haviam feito concursos públicos para a educação, aprovados e aguardando a nomeação, ficaram a ver navios....
Grande parte das organizações políticas que atuavam na categoria à época, por exemplo: Articulação Sindical, PCB, PCdoB, esquerda do PT, Refundação, etc, etc foram contrárias à ação do Governo e não nos esquivamos em denunciar tal medida e a sua ilegalidade e estelionato ideológico, pois à época foi repassado aos trabalhadores a falsa ideia de que estava tudo resolvido.
Mentira!!!!
Todos nós, menos o PSTU, advertimos que essa famigerada Lei mais cedo ou mais tarde iria ter que prestar contas ao Supremo, mesmo que isso demorasse um certo tempo.
O fato é que ao longo dos últimos 4 ou 5 anos o Governo Estadual conseguiu resolver parte do problema, pois nesse período dezenas de milhares de trabalhadores(as) conseguiram se aposentar, mas por sua vez por ter efetivado pessoas com apenas 1 ano de Estado agora temos outros milhares de trabalhadores(as) em condição irregular.
Fomos e somos defensores de que no serviço público as pessoas sejam nomeadas via concursos e não efetivações forjadas, que na história da república brasileira, sempre foram moedas de poder para os governantes locais alocarem seus cupichos e estabelecerem uma relação de dependência política com os servidores.
Desde 1988 a Constituição Federal proibe a prática da efetivação e desde então a entrada em cargos públicos tem se dado através de concursos.
Algumas raras excessões ocorreram desde então, com a autorização do STF, como por exemplo servidores que já atuavam na máquina pública antes da promulgação da constituição de 1988.
Mas voltemos ao assunto inicial.
Há uma situação que os comunistas não podem deixar de se posicionar nesse momento.
Se estávamos certos de que essa famigerada Lei 100 era um engôdo e mais cedo ou mais tarde iria cair, se estavamos certos em denunciar as contradições que a Lei criou na categoria, pois passamos a ter servidores que não precisavam mais passar pelos processos de designação- uma das coisas mais desagradáveis que um educador vivencia no Estado- mas não gozavam dos mesmos direitos de um servidor concursado, tais como férias prêmio, licença remunerada e o direito a transferência por exemplo; agora estamos diante de uma situação aonde milhares de pessoas poderão ainda esse semestre perder seu vinculo com o Estado e sair pela porta dos fundos sem nada!
Quando atuava na categoria, já alertava para essa situação e defendi que a esses trabalhadores(as) cabe ao Governo do Estado, em havendo a decisão do STF pela ilegalidade da Lei 100, uma indenização por perdas e danos morais, devido a esse tempo todo terem sido usados como massa de manobra para encobrir os erros e a irresponsabilidade administrativa do próprio Estado, além da falsidade ideológica que durante todo esse tempo foi repassado aos trabalhadores(as) como se estes fossem de fato servidores efetivos.
Não é o caso de nesse momento apoiarmos a possível queda da Lei 100 e exigirmos a nomeação dos concursados. Isso é mais do que certo em minha opinião. Mas não podemos fechar os olhos para essa nefasta situação a que o Governo do Estado de Minas Gerais jogou esses trabalhadores(as).
É importante lembrar que grande parte dos trabalhaores(as) em educação que participaram das jornadas de luta em 2010 e 2011 ( Greves Históricas) tinham como ponto de reivindicação a realização de concursos públicos, pois já percebiam o engôdo e a instabilidade da situação dos efetivados.
Penso que essa é uma das demandas que a Unidade Classista terá nesse início de ano, sendo um campo muito fértil para estabelecer uma sincero e esclarecedor debate ideológico com a categoria sobre todo esse contexto, pois o que está em jogo não é apenas a Lei 100!
Os comunistas devem polítizar essa situação de modo a revelar aos trabalhadores os joguetes e hipocrisisas dos Governos neoliberais do PSDB em Minas, que na verdade nunca se preocuparam com os servidores da educação, mas sim em resolver um problema jurídico e trabalhista que iria e talvez irá se tornar um futuro problema financeiro para o Estado.
Na sana de se safar dessa situação frente ao STF, o Governador reuniu-se com a Secretaria de Educação e fez um ato público com a pelega APPMG para anunciar que irá recorrer da decisão do STF. Para isso além de não ter nomeado os servidores que fizeram o último concurso (2012), apenas utilizou a lista de aprovados para contratação (designação) agora está concedendo direitos aos ainda efetivados, que antes negava e que eram exclusivos para os concursados. Tudo para encenar ao STF uma peça de tragicomédia, de que em Minas "todos são iguais"... Cínico !!!
Ao meu ver devemos continuar firmes com a defesa das nomeações dos concursados, como sempre fizemos e defender a indenização imediata dos servidores que foram manipulados nesses últimos anos.
Mas não devemos cair no canto da sereia e a fim de tentar "resolver" a questão indo pelo caminho "mais fácil", como o PSTU tem feito nos últimos anos, que é o de defender a efetivação de todos, já que se passaram muitos anos... E assim creditar a fraude.
Abraços a todos(as).


Fábio Bezerra
Direção Nacional da Corrente Sindical Unidade Classista


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Ainda temos 14 milhões de jovens e adultos analfabetos e 33 milhões com Ensino Fundamental incompleto", afirma Marco Silva


Nas duas últimas décadas, houve uma grande ampliação da oferta de
Educação para os brasileiros de até 14 anos. Dados do censo 2010
apontam que o Ensino fundamental para essa parcela da população está
praticamente universalizado. Entretanto, o acesso ao Ensino básico não
foi universalizado no Brasil. Ainda convivemos com 14 milhões de
jovens e adultos Analfabetos e 33 milhões que não chegaram ao quinto
ano do Ensino fundamental. Entre os maiores de 25 anos metade não
possui o Ensino fundamental completo e 65% de todos que já completaram
a maioridade não têm o diploma de Ensino médio.
Em Minas, 920.134 moradores com mais de 14 anos nunca frequentam uma
Escola. Só na capital são 52.899. Dos mineiros que têm idade superior
a 24 anos, 3.298.861 não completaram o Ensino fundamental no estado.
Em Belo Horizonte são 257.973. Apesar disso, muitas turmas de Educação
de Jovens e Adultos (EJA) nas Escolas públicas e particulares, que
oferecem um serviço gratuito, são fechadas anualmente por falta de
Alunos.
Isso não é sem razão. A divulgação desse serviço nos meios de
comunicação é praticamente inexistente. Para atingir esses
brasileiros, que não leem jornais, as campanhas em rádio e televisão
não podem ser dispensadas. Essa é uma tarefa da qual os governos
municipais, estaduais e federal não podem se eximir. Além disso, as
próprias empresas de comunicação podem dar a sua contribuição nesse
campo.
Por outro lado, a informação apenas é insuficiente. Para voltar a
estudar, é necessário que o cidadão vença o constrangimento frente às
manifestações sociais, explícitas ou veladas, de reprovação. A máxima
de que estudar é algo reservado exclusivamente aos mais jovens está
impregnada no senso comum. Por isso, muitos adultos relatam que são
desencorajados e, até, ridicularizados pelo grupo de amigos e
familiares quando dizem que voltaram para a Escola.
Para superar esse tipo de preconceito a atuação de líderes sindicais,
comunitários e religiosos das mais diferentes denominações vem se
mostrando muito eficaz. Muitos adultos que passaram a frequentar o
Ensino fundamental, quebrando paradigmas e superando constrangimentos,
relatam que foram encorajados nas igrejas, entidades sindicais e
comunitárias. É preciso que mais líderes compreendam a importância de
atuar nessa perspectiva.
Convivemos com muitos e bons exemplos de empresas que estimulam,
facilitam e até investem nos trabalhadores que decidiram voltar aos
bancos Escolares. Entretanto, ainda existem empresários que trabalham
numa direção oposta. É muito comum encontrarmos, por exemplo, relatos
de funcionários que não conseguem pequenas mudanças no seu horário de
trabalho para compatibilizar Escola e emprego.
Nem mesmo quando não há redução da carga horária ou prejuízos à
funcionalidade e lucratividade da empresa. Nesse sentido, é muito
importante que as federações e sindicatos empresariais demonstrem aos
seus filiados mais resistentes a importância de adotar políticas de
maior incentivo, viabilização e valorização da Educação entre jovens e
adultos.
Com a universalização do Ensino médio até 2016 para aqueles que estão
na chamada faixa apropriada, como quer o Ministério da Educação, todos
os brasileiros que nascem atualmente certamente terão o Ensino básico.
Entretanto, não se pode deixar de pensar nos milhões de filhos desta
pátria que nem sequer sabem ler, escrever ou completaram as etapas
básicas de Escolarização.
O artigo 208 da Constituição brasileira determina que o Ensino básico
deve ser ofertado inclusive aos que não tiveram acesso a ele na idade
própria. Entretanto, o Estado brasileiro já demonstrou ser ineficiente
para efetivar esse preceito constitucional sozinho. A saída parece
estar na participação da sociedade civil organizada e de cada cidadão
para garantir o direito à Educação a todos os brasileiros.