domingo, 30 de novembro de 2008

Brasil ocupa 80ª posição em ranking da Unesco que avalia melhorias na educação


Um ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para monitorar o cumprimento de metas pelos países para melhorar a educação, o Brasil ocupa a 80ª posição em uma lista de 129 países estudados. Fica atrás de países latino-americanos como o Paraguai, a Venezuela e Argentina, além do Kwait, Azerbaijão, Panamá e outros. O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos foi lançado hoje (25), em Genebra, pela instituição. O compromisso Educação Para Todos, firmado durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, no ano 2000, estabelece metas que devem ser cumpridas pelos países até 2015. Entre elas estão expandir e melhorar a educação na primeira infância, garantir ensino de qualidade e melhorar em 50% as taxas de alfabetização de adultos.

Entre os problemas do Brasil, o relatório destaca as altas taxas de reprovação, a evasão escolar, o analfabetismo e o baixo desempenho dos alunos brasileiros em avaliações internacionais. América Latina e do Caribe são responsáveis por 3,5% das crianças do mundo inteiro que estão fora da escola. O Brasil é o único país com mais de 500 mil crianças fora da escola, aponta o estudo.

O estudo da Unesco aponta que em 2006, o percentual de alunos repetentes na região da América Latina e Caribe era de 4,1%. No Brasil, classificado como o segundo pior do mundo nessa questão, a taxa é quatro vezes maior: 18,7%. Perde apenas para o Suriname.

Ao comparar o desempenho de estudantes no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o relatório destaca que o desempenho dos brasileiros e peruanos é semelhante ao dos 20% piores alunos da França e dos Estados Unidos. Mais de 60% dos estudantes brasileiros, contra menos de 10% do Canadá e Finlândia, tiraram notas abaixo do nível um, o pior do ranking do Pisa, compara o estudo.

Essa edição do relatório está focada na questão das desigualdade de oportunidades em educação, seja dentro de um mesmo país ou em nível internacional. A incapacidade de governos do mundo inteiro de combater profundas e persistentes desigualdades na educação condena milhões de crianças a uma vida de pobreza e de oportunidades reduzidas, afirma o texto.

sábado, 29 de novembro de 2008

....sobre as eleições...

Estávamos esperando o registro das chapas para fazermos uma pequena homenagem a nossas colegas que por vários motivos não conseguiram registrar chapas nas escolas e UMEIs (Unidades Municipais de educação infantil/BH). Vamos lá!
A Luta das Marlis
Gostaríamos de apresentar a vocês algumas pessoas de garra, que possuem ideal e força, lutando pelos nossos direitos incansavelmente. São as Marlis, professoras da educação infantil que por mais que percam pequenas batalhas sobrevivem para saborear a grande vitória final.
São Marlis corajosas, decididas e combativas!
São Marlis que garantem a todas o que batalham para elas. Possuem outros nomes e este também. São Marlis que estão nas escolas e nas UMEIS, que buscam o melhor para suas escolas e para a Educação Infantil, são guerreiras de todos os lugares...
Um grande abraço e a certeza que a Luta das Marlis continua!
Thaís e Cristiane
SindREDE BH
Coletivo Travessia/Intersindical

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cem mil professores cruzam os braços por reajuste no Líbano

Cerca de cem mil professores das escolas públicas, privadas e da Universidade Libanesa fizeram uma greve de 24 horas, no dia 18 de novembro, no Líbano. A greve foi convocada pela coordenação sindical dos professores, após uma negativa de diálogo do governo. Explicando os motivos da greve, um dirigente dos professores declarou: “Já que mantivemos a porta aberta para o diálogo até este exato momento, mas, pelo fracasso político deste governo, ele não teve a capacidade para dialogar, então vamos protestar nas portas do parlamento e, vamos lutar pelas três reivindicações: aumento salarial de 5%, reajuste para o transporte de 2% e melhoria a qualidade dos planos de saúde para os professores.”Durante a greve, houve um ato de protesto em frente à Câmara, para impedir que fosse votado um aumento de apenas 2% aos professores. Eles exigem 5%. A greve contou com o apoio de milhares de estudantes e parou faculdades e institutos de todos os setores da Universidade libanesa, escolas públicas, secundárias, profissionais e técnicas oficiais, além do setor privado, da Associação de Antigos Alunos e Professores, de professores aposentados e do Instituto de Gestão e Estagiários e formação.
As autoridades não aceitaram a proposta dos professores, o que levou a coordenação sindical a marcar reunião para analisar outro dia de greve. A imprensa comenta que o momento no Líbano é propício a um novo tipo de lutas, pelo tamanho da greve e seu sucesso. O movimento despertou apoio em parcela considerável da população.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Eleição Escolar: reta final?


Não publiquei nada sobre a nossa conquista, né? Mas como ela foi parcial (mesmo sendo muito importante!), não tive tempo para escrever um pouco. Esta vitória só foi possível por causa da nossa persistência! Foram várias ações em que muitas pessoas da categoria e de outros espaços participaram diretamente. Mas ainda temos outras demandas a ser conquistadas, por isto respirem fundo e a luta continua!A demanda por concorrer à eleição escolar não é apenas das UMEIS. As escolas exclusivas de educação infantil e as escolas com turmas de educação infantil ficaram de fora deste processo. Além disto, mesmo com a garantia na portaria e no decreto, muitas UMEIS estão com dificuldade de montar chapa por resistência da escola-núcleo. E agora?Temos que deixar claro que não deixar educadoras/es participarem das eleições escolares como candidatas nas escolas municipais é preconceito.

É direito nosso participar de igual para igual com os/as professores/as. Portanto, montem chapas para as escolas, seja chapas de educadoras/es e professoras/es ou só com educadoras! Nossa ação judicial está pronta, aguardando o período de inscrição. No dia 25/11 vcs devem inscrever as chapas nas comissões das escolas. Diante da negativa por escrito, ou de documento escrito da negativa com pelo menos duas testemunhas assinando, vcs devem procurar imediatamente o sindicato para entrarmos com a ação.

Caracterizar a demanda é essencial para que não precisemos todo ano eleitoral retornar a discussão. Portanto, se vcs não conseguirem professoras/es para montar chapa com vcs, façam chapas só de educadoras!!!! Não tem problema se a escola é de ensino fundamental, pois temos que ter experiência e formação docente (LDB) e 12 meses na escola (CME).

Outras perguntas frequentes é se é pré-requisito a graduação. A resposta é não! Temos que ter no mínimo magistério. E sobre o estágio probatório? Não tem problema. Podemos concorrer dentro do estágio probatório, desde que tenhamos 2 anos de experiência docente nesta ou em outra rede. E sobre processos na corregedoria? Não é exigido nada-consta da corregedoria para a inscrição das chapas. Quem tem processos em curso não pode ter qualquer penalidade ou sanção antes do resultado final, portanto devem participar normalmente. Os processos que já finalizaram e as pessoas foram consideradas culpadas, a punição já foi aplicada, portanto não podem ter nova punição.

E as UMEIS nesta história?A conquista foi importante, mas ainda temos alguns problemas. Corre o boato que educadoras não vão assumir. Este é mais um boato da rede, afinal de contas o prefeito assinou a permissão para concorrer. Não há disposição política do próximo governo de assumir este desgaste no início do mandato. Este boato é para desencorajar educadoras/es e professoras/es a participar do processo, afinal tem muita gente de olho na vice-direção da UMEI. Não caiam nesta conversa!

Estamos chamando as educadoras para preferencialmente montarem chapas com componentes da escola-núcleo, pois dá mais legitimidade para concorrer e aumentam as chances de vencer as eleições. Mas se não houver possibilidade nenhuma, acreditamos que o mais adequado é montar chapas só de educadoras/es para concorrer inclusive para direção da escola núcleo. Isto significa uma chapa de três educadoras e provavelmente a abertura de um processo judicial para permitir a candidatura e a posse. Esta decisão política nos ajuda a dialogar com os componentes da chapa, pois se não houver abertura nós vamos fazer o debate com a comunidade escolar durante a campanha eleitoral, e deixaremos claro que proibir nossa participação é PRECONCEITO e DISCRIMINAÇÃO!

Para terminar, esperamos que todas as educadoras estejam juntas a estas escolas que não estão com a questão resolvida. Já que em alguns casos teremos que optar pelo processo judicial, gostaríamos muito que todos/as continuem reivindicando este direito conosco, pois não podemos deixar colegas nossas alijadas do processo.

Um abraço,Thaís.

Educadora Infantil

Diretora SindREDE BH

Coletivo Travessia/Intersindical

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Seminário Estadual A crise econômica mundial



Belo Horizonte - Dias 28 e 29 de novembro de 2008


Seminário Estadual
A crise econômica mundial



PROGRAMAÇÃO


Dia 28 de novembro

18h - Mesa 1
Elementos estruturantes da crise mundial. Natureza da crise.

João Antônio de Paula
Doutor em História da Economia e Professor da UFMG

Luiz Figueiras
Doutor em Economia e professor da UFBA


29 de novembro

09h - Mesa 2
Consequências Econômicas, Sociais e Políticas para o Brasil e a América Latina

Reinaldo Carcanholo
Professor do Mestrado em Políticas Sociais da UFES

Lécio Morais
Mestre em Ciências Políticas , Economista e Assessor Parlamentar

Laura Tavares
Doutora em Economia e professora da UFRJ


12:30 - Mesa 3

O quê fazer diante da crise - quais as saídas?

Mauro IASI
Doutor em Sociologia e Professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo

Ronald Rocha
Sociológo e Coordenador do Instituto 25 de março

José Welmowipk
Sociólogo e Editor da Revista Marxismo Vivo


Local: Faculdade Promove

Rua Timbiras, 1514 - Lourdes - Belo Horizonte/MG


Organização: MST, Via Campesina, MAB, AP, Sindicato dos Jornalistas, Instituto Caio Prado Jr, Instituto 25 de março, Brigadas Populares, Marcha Mundial das Mulheres, Intersindical, Conlutas, CUT, UEE, UBES, UCMG, UJC, JS/PDT, AMES, JR, IMLB, FAMEMG, SENGE - Sindicato dos Empregados no Comércio de BH, Corrente Sindical Unidade Classista - Coletivos de trabalhadores em Educação Armando Ziller

Apoio: PSOL, PCB, PSTU, PCR, PCdo B, PT, RC, CP, PDT/BH

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EDUCAÇÃO EM CONTAGEM EM ALERTA VERMELHO

No apagar das luzes de 2008 e antes mesmo de iniciar a nova Gestão, Marilia Campos e Lindomar Diamantino II, dão mostras de como irão tratar a Educão em Contagem. Não bastasse as mais variadas formas de perseguição à Livre Organização dos trabalhadoras (es) em educação como a Ação pela Iegalidade da Greve de 2006, corte de ponto, não cumprimento de acordos de greve entre outros. O governo impõe o aumento da jornada de trabalho com o calendário de 210 dias e o fim da dispensa quinzenal. E mais o governo Marília, sem consultar e debater com ninguém altera o Ensino oferecido no turno da noite em Contagem, priorizando um programa do Governo Federal, o PROJOVEM, um projeto que nunca foi debatido pela categoria, ao que ja foi longamente debatido pelos trabalhadores nas escolas, colocando em risco a garantia de uma educação de qualidade.

Portanto os trabalhadores do EJA reunidos na sede da subsede contagem do sindute, votaram por um ato na Quinta Feira com concentração no Iria Diniz com concentração ás 18:30 Para defender a Educação de Jovens e Adultos, que esta ameaçada. Foi votado tambem a elaboraçao de uma carta aberta que sera entregue a população de Contagem.

Autoritarismo é quando se constrói um modelo de educação dessa forma! Portanto temos que nos organizar para barrar mais estes ataques de Marilia e Lindomar. Todos ao Conselho de Representantes do SINDUTE-Contagem do dia 26 de Novembro Quarta e ao Ato Em Defesa da EJA 18:30 no Iria Diniz.

Subsede Contagem/MG - MUDA SINDUTE

"SÓ A LUTA MUDA A VIDA"

domingo, 23 de novembro de 2008

ESCOLHA DO DIRIGENTE ESCOLAR: A eleição diante das demais alternativas de escolha


Percebe-se que na última década (séc. XX), tem aumentado o foco na escolha dos diretores das escolas públicas (1º e 2º graus), principalmente o ensino básico.
Analisando experiências de eleições de diretores (1º e 2º graus) no Brasil, tendo em vista as características e os problemas de sua institucionalização e implementação.
Podemos considera três modalidades:
* Nomeação por pura e simples autoridade estatal (Cabe ao poder executivo fazer as nomeações para os cargos em comissão de diretor de escola pública).
* Concurso de títulos e provas. (Ex. Estado de São Paulo e do município de São Paulo).
* Eleição (funcionários, alunos, pais, assembléia escolar).
Entretanto, dentre esses três, o que tem mais relevância nos últimos anos na gestão escolar é a eleição dos seus dirigentes. A eleição dos diretores dos estabelecimentos de ensino público abrange todos segmentos da comunidade escolar. Alguns estados já utilizam o processo eletivo desde 1980 (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso), já em outros estados isso ocorreu recentemente (Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará). O respaldo maior do processo eletivo ocorre nas redes de escolas municipais.
A nomeação é a mais criticada, pois se dá por razões político-clientelistas, ou seja, uma relação de troca de favores entre pessoas e grupos sociais, não tendo nenhum tipo de avaliação, além dos mandatos indefinidos. Portanto não há democracia e, sim favoritismos e hierarquia.
No concurso público para diretores de escolas existem diversos defensores, principalmente no estado de São Paulo, talvez seja o recurso mais adequado para tal cargo, porém verifica-se uma insuficiência e precariedade do candidato perante o coletivo escolar.
Contudo, a eleição é um avanço para a democratização, pois a comunidade escolar tem que participar e integrar das organizações políticas da instituição. Através da democratização da gestão escolar pode falar em autonomia no espaço educacional. Já é chegada hora de evoluir a um outro sistema de gestão escolar, no qual o colegiado plenamente dirigisse a escola, sem uma figura feudal de diretor.

Gislane Gama
Educadora Infantil UMEI Alaide Lisboa
Diretora SindREDE BH

sábado, 22 de novembro de 2008

Auxiliares de biblioteca escolar da PBH na luta por melhores condições de trabalho


No dia 12 de novembro os auxiliares de biblioteca escolar da rede se encontraram para tratar da demanda específica deste importante segmento da nossa categoria. A política divisionista da PBH, que concedeu reajuste menor, nos impõe uma carga horária diferenciada, e nos impede de dobrar como os demais companheiros da educação, foram alguns dos pontos abordados. Conseguimos eleger uma comissão que irá encaminhar um manifesto a comunidade escolar, além de um cartaz sobre a questão dos livros didáticos. Queremos envolver todos os auxiliares de biblioteca da rede, e a comissão irá buscar as condições, em conjunto com o sindicato, para fazermos uma grande asembléia para definirmos pontos fundamentais, como a questão da jornada de trabalho e dos inúmeros desvios de função relatados pelos companheiros. Essa luta, mais do nunca, também é sua. As conquistas somente virão com nossa unidade de ação, a exemplo das educadoras infantis. Se informe, se organize, e participe!
Daniel Oliveira
Auxiliar de biblioteca EM José de Calasanz
Corrente Sindical Unidade Classista/Intersindical

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Bolívia estará livre do analfabetismo a partir de dezembro

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou no último domingo (16) que seu país se declarará livre do analfabetismo em 20 de dezembro graças à cooperação de Venezuela e Cuba, os outros dois países da América Latina que alcançaram essa meta.
Evo fez o anúncio no departamento de Cochabamba, declarado a quarta das nove regiões do país sem analfabetos, depois de Oruro, Santa Cruz e Pando.
No próximo sábado Morales fará o mesmo anúncio em Chuquisaca. Em dezembro serão declarados livres do analfabetismo os departamentos de La Paz, Tarija, Potosí e Beni.
A alfabetização foi realizada com o método audiovisual "Yo sí puedo" ("Sim, eu posso", em tradução livre), elaborado por educadores cubanos do Instituto Pedagógico Latino-americano e Caribenho e aplicado na Bolívia desde 2006.
No ato, do qual participou o embaixador cubano na Bolívia, Rafael Dausá, Evo pediu que os voluntários de Venezuela e Cuba continuem no país após dezembro para aplicarem a segunda fase do programa e continuarem educando os alfabetizados.
O presidente boliviano solicitou aos membros de seu Gabinete, às autoridades dos departamentos e aos parlamentares de seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), que o acompanhem em sua visita a Cuba em 1º de janeiro de 2009 para comemorar os 50 anos da Revolução Cubana e agradecer pessoalmente ao país pela ajuda na alfabetização.
"Se não fosse Cuba, se não fosse Fidel, se não fosse o povo cubano, talvez nesse momento não estivéssemos com a campanha contra o analfabetismo", declarou.
O presidente boliviano disse que os funcionários e parlamentares que o acompanharem na visita a Cuba deverão custear com seus próprios meios à viagem.
Fonte: Efe

domingo, 16 de novembro de 2008

PM ameaça trabalhadores e interfere em direito de greve - Moção de repúdio


A Base de Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Armando Ziller/MG e a Corrente Sindical Unidade Classista Educação/Intersindical-MG( http://ucdiariodaclasse.blogspot.com/ ) vem a público repudiar as agressões bárbaras a que os trabalhadores da Johnson foram submetidos por causa da arbitrariedade da empresa que tramou com a PM a ingerência sobre o legítimo direito de greve. A ação da Polícia Militar, a mando da empresa, causou lesões físicas em muito trabalhadores. É lamentável que uma empresa que diz prezar os seus colaboradores use do aparato de repressão do estado burguês para coagir os mais de quatro mil trabalhadores e trabalhadores em greve.
Os companheiros foram obrigados pela força da PM e coagidos pelo assédio moral da empresa a interromper a busca por direitos legítimos. A empresa passou por cima da Constituição, do ser humano e mostrou a face do capitalismo que mata, massacra, atropela a classe trabalhadora.
A ação da empresa e da PM transgridem todos os tratados internacionais de liberdade de atividade sindical e de livre manifestação. O fato é uma barbaridade histórica na empresa!
Estamos solidários ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São José dos Campos e Região e nos somamos a todos os trabalhadores da categoria, em especial aos trabalhadores da Johnson & Johnson, na luta contra a retirada de direitos e a redução salarial, pela retirada das punições e o imediato retorno dos dirigentes Sindicais demitidos a seus postos de trabalho.

· Pelo respeito à organização dos Trabalhadores!
· Contra a demissão e perseguição aos dirigentes Sindicais!
· Pela readmissão imediata de todos os dirigentes sindicais demitidos!
· Pela anulação de todos os processos judiciais que criminalizam a luta dos trabalhadores. Abaixo os interditos proibitórios!
· Pelo direito de livre manifestação e organização!
· Os trabalhadores não pagarão pela crise dos patrões e especuladores!

Enviar email:
Sr. Alexandre Carvalho – Rh da Johnson acarvalh@conbr.jnj.com fone/fax 12- 39324302
Sr. Gilmar – Representante da FIESP/CEAG10 gilmar@abiplast.org.brC/ cópia p/ Sindicato quimisjc.jur@uol.com.br fone/fax 12-3921 8177

sábado, 15 de novembro de 2008

POLÍCIA DE SERRA ENTRA EM ESCOLA PARA ESPANCAR ESTUDANTES

A polícia Militar de São Paulo reprimiu com violência desmedida um tumulto provocado por estudantes da Escola Estadual Amadeu Amaral, no bairro do Belém, na zona leste de São Paulo. Vários alunos foram atingidos com golpes de cassetete. A diretora da escola chegou a desmaiar diante da confusão. A secretaria de educação de São Paulo, que tem se mostrado incompetente para tratar as questões educacionais, não viu maiores problemas no episódio. Em nota, disse que ''a direção da escola tomou a atitude correta de acionar a polícia para conter os alunos envolvidos no caso.''
O confronto começou às 9h20 desta quarta-feira (12), quando, sem motivo claro, 30 alunos começaram a destruir a escola. ''Meninos embrulhavam os pulsos em camisetas para estourar os vidros com socos. Cadeiras foram arremessadas do 2º andar, depois de arrebentar as janelas'', contou uma aluna da 7ª série.
O quadro agravou-se porque, dez minutos depois de iniciada a depredação, duas adolescentes, uma de 15 anos e outra de 18 anos, começaram uma briga violenta de unhadas e puxões de cabelos. A rivalidade entre as duas existe desde o início do ano e piorou quando uma acusou a outra de ''prostituta''. Enquanto a destruição se propagava por todo o prédio, os professores, com medo, trancaram-se em uma sala de aula.
Não foi a primeira vez que a Amadeu Amaral viu-se às voltas com cenas de violência. Anteontem mesmo, por causa de uma excursão a um museu, quando só uma parte dos alunos foi autorizada a participar do passeio, os excluídos abordaram a vice-diretora, Denise Mayumi Cavali, na hora da saída. Um aluno de 15 anos empurrou a professora contra o portão e xingou-a. Ela teve que pular um muro para fugir.
Na segunda-feira, as aulas foram encerradas às 11h (o horário normal é às 16h), por causa de outro surto de vandalismo, vidros e cadeiras quebrados.



Escola modelo?
Fundada em 1909 no largo do Belém, bem em frente à igreja, a escola ocupa um prédio amplo, tombado pelo patrimônio histórico, mas que hoje é usado por apenas 277 alunos, atendidos por 63 professores. É uma das 500 escolas em que a Secretaria de Estado da Educação implantou o regime de turno integral. Alunos entram às 7h e saem às 16h.
''Isso aqui é um fracasso como escola'', diz Neide Catarina Nascimento, 46, cozinheira e mãe de um aluno de 16 anos da 7ª série que ''nunca passa de ano mesmo''. ''Todo mundo tenta transferir os filhos para outra escola, já que nesta ninguém aprende nada.''Pouco depois, o aluno W., de 14 anos, conta como foi expulso da escola, há três semanas. ''Eu joguei uma cadeira na coordenadora e já bati em vários professores'', diz. Como a dicção do menino é precária, pede-se que ele escreva o seu nome em um papel. Ele não consegue. ''Só sei copiar'', diz. ''Mas sou uma máquina copiadora.''
A evasão na esocla é grande. Uma das salas de aula começou o ano com 37 alunos -hoje só tem oito. Na classe de A., 14 anos, 8ª série, a lista de presença cita 24 alunos. Doze ainda vão. Na classe de J. e U., as brigonas da 7ª série, 24 se matricularam. Hoje, oito assistem às aulas. Segundo a Secretaria da Educação, a evasão total neste ano foi de apenas 19 alunos.



''Contidos no berro'' ?
Responsável pela operação da Polícia Militar na escola Amadeu Amaral, o capitão Alessandro Marcos de Oliveira disse ontem que os estudantes foram contidos no ''berro''. ''Com a criançada você dá dois ou três berros e eles sossegam um pouco. Se um mais exaltado vem para cima, você berra um pouquinho mais forte e ele pára'', disse o capitão.
Mas a versão do capitão não condiz com a versão dos estudantes e professores. A Folha conversou com ao menos 35 alunos e todos afirmaram que a PM utilizou cassetetes para conter o tumulto dentro da escola.
''A PM tratou os alunos como se fosse uma rebelião da Febem'', diz Leandra Firmino, 34, mãe de quatro filhos, três deles alunos do Amadeu. ''Aqui eles não voltam, mesmo que percam o ano.'' Na porta da escola, após a confusão, os jovens mostravam os machucados. L., 15, exibia sangue no peito: ''Fiquei trancado em uma sala, me deram soco e golpe de cassetete. A PM falava que era ela que mandava na escola.''
A estudante T., de 13 anos, que cursa a 7ª série, conta como apanhou dos policiais. Ela estava escondida na sua sala de aula, no segundo andar do prédio da escola, quando colegas vieram avisá-la de que sua irmãzinha, F., de dez anos, da 5ª série, estava jogada no chão de sua classe, inconsciente. ''Desmaiou de medo'', T. explica.
A adolescente saiu correndo para socorrer a caçula. Sentiu o ardor de uma forte cacetada nas costas, desferida por uma policial militar. T. correu, assim mesmo, rumo à classe da irmã. Tomou mais duas borrachadas. No caminho, viu crianças vomitando de medo.
Viu também a diretora da escola, Maria Regina de Negreiros, subindo as escadas e gritando: ''Não fui eu, não fui eu'', em resposta às perguntas dos alunos sobre se havia sido ela que acionara a PM. Em seguida, a própria Regina desmaiou. Durou dez minutos a ocupação da escola pela PM.



Incompetência tucana
O chefe-de-gabinete da Secretaria Estadual da Educação, Fernando Padula, disse ontem à Folha que as aulas na Escola Estadual Amadeu Amaral serão suspensas hoje e amanhã, a fim de que o estabelecimento seja colocado em condições de uso. Ele também disse que será convocado o Conselho de Escola -que reúne pais e professores- para decidir o que fazer em relação aos alunos que iniciaram as agressões.
Segundo Padula, a secretaria pretende instaurar uma apuração preliminar, para verificar o que causou o que ele chamou de ''fato atípico'', referindo-se à depredação e à ação dos policiais militares. Em nota oficial, a secretaria de Educação afirmou que ''a direção da escola tomou a atitude correta de acionar a polícia para conter os alunos envolvidos no caso.''
O episódio da escola ilustra bem a incompetência do PSDB para tratar questões de segurança e educação. Após quase 15 anos `afrente do governo estadual, os sucessivos governos do PSDB não foram capazes de melhorar a degradação do ensino nas escolas estaduais e, ao mesmo, tempo, a política de segurança do governo Serra tem sido marcada pelos sucessivos episódios de violência protagonizados pela Polícia Militar.
Pesquisa realizada pela Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo) em abril de 2008 revela que 86% de um total de 683 escolas estaduais entrevistadas relataram algum tipo de violência ocorrida em 2007. O sindicato enviou o questionário para 5.300 escolas de todo o Estado.
O percentual de violência relatado é similar ao obtido pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP) em pesquisa realizada em 2006. Na época, 87% dos professores entrevistados revelaram saber de casos de violência ocorridos na sua escola.
Segundo os dados da pesquisa da Apeoesp, a violência verbal ocorreu em 96% dos casos de violência. Os atos de vandalismo, em 88,5%; a agressão física, em 82%; furto, em 76%; assalto a mão armada, em 18%; violência sexual, em 9%; e assassinato, em 7%.A pesquisa da Udemo revela que na capital apenas 12% das escolas não relataram nenhum tipo de violência. Na Grande São Paulo, o número cai para 3%. No interior, o número é de 18%. A pesquisa constatou também que 88% dos professores e funcionários foram desacatados, 85% dos alunos se envolveram em brigas e 21% das escolas registram ameaças de morte a alunos, professores, funcionários e direção.
A Udemo realizou pesquisa similar sobre violência em 2002 e 2000, com 300 e 496 escolas estaduais, respectivamente. De 2002 para 2007, as brigas envolvendo alunos passaram de 78% para 85%. O número de escolas que sofreram pichações passou de 40% para 60% e os danos a veículos passaram de 28% para 62%.
Para Maria Izabel Azevedo de Noronha, presidente da Apeoesp, uma das causas do aumento da violência é a diminuição da autoridade do professor. ''Retiraram a autoridade do professor e a autonomia do conselho. O conselho de escola é deliberativo, porque lá participam pais, professores, alunos e funcionários. Esse é o melhor coletivo para tomar qualquer decisão'', diz Noronha.Segundo ela, existe orientação para que não sejam feitos boletins de ocorrência em casos de agressão, o que acaba distorcendo as estatísticas.
''O padrão que se tem na escola muitas vezes ainda é a educação autoritária, o que pode gerar conflitos cada vez maiores. Os alunos muitas vezes não são chamados para participar e entender as regras e ter uma convivência melhor naquele ambiente. No cotidiano, professores e alunos não estão conseguindo criar uma relação que seja positiva'', diz Carin Ruotti, socióloga e pesquisadora do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP.
''Nós queremos uma posição firme da secretaria e que a secretaria ouça um pouco mais os professores'', diz Noronha.
O professor Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas Exemplares da USP de Ribeirão Preto, afirma que, casos como o de ontem, decorrem da fragilidade da falência das instituições. ''A violência é fruto da decadência das instituições, principalmente das escolas públicas. As instituições são mecanismos civilizatórios criados para diminuir os conflitos sociais. E quando não cumprem seu papel, vem à tona uma carga de violência. Pesquisas indicam que um terço dos alunos não sabe o que faz na escola. Um grupo grande de alunos não vê sentido na escola''.
Segundo ele, hoje não há só atos de vandalismo. ''São atos organizados, planejados, aquilo que na época de movimento estudantil chamávamos de união e organização. A maior vítima das escolas é o processo pedagógico. Perdendo ele, boa parte dos alunos se perde também. (...) São atitudes reativas, um grito contra o modelo que os incomoda. Para os alunos fazerem isso, deve ter tido um histórico de escola ruim, deteriorada e maltratada. É como uma rebelião, como nas ''boas'' épocas da Febem''.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DEBATE: Cuba e os bloqueios econômico e midiátio - Um debate necessário



DIA 17 DE NOVEMBRO
A PARTIR DAS 19H30M
AV. ÁLVARES CABRAL 4000


Jornalistas convidados


Ariel Escalante: Revista Bohemia- Chefe de jornalismo investigativo e informação nacional (Cuba)
Dídimo Paiva: Editor de internacional e opinião Jornal Estado de Minas (Brasil)
José Maria Rabêlo: Diretor de O Binômio (Brasil)
Maribel Damas: Profª de jornalismo e repórter dos Serviços Informativos da TV Cubana
Tilden Santiago: Jornalista e ex-embaixador do Brasil em Cuba


Organização: Associação Cultural José Martí -MG

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mas a história não tinha acabado?...

"Uma palavra repetida várias vezes e que vem se destacando acerca da crise atual é confiança. A palavra é repetida com tamanha convicção como se a "confiança" pudesse simplesmente chover do céu ou crescer em grande abundância em árvores financeiras "capitalistamente" bem adubadas."
István Mészáros


Assim como a crise financeira, as eleições nos Estados Unidos foram noticiadas de forma exaustiva. No dia da eleição alguns jornalistas, na melhor tradição da teledramaturgia mexicana, se contorciam de prazer com o que chamavam de o regime mais democrático do mundo. Até aí tudo bem, cumprem seu papel, são pagos para isso. Por isso cabe a imprensa alternativa estabelecer uma análise crítica. Somente cego pela propaganda disseminada pelos meios de comunicação, para crer que Obama, apenas por ser negro e vir das classes mais empobrecidas, possa deixar de seguir a lógica da elite. Basta esperar e já vamos ver suas posições sobre o Iraque, Afeganistão, Palestina,Venezuela, Cuba, só para citar alguns exemplos. O tempo dirá.
Carlos Drummond de Andrade disse uma vez que a história era feita de homens e mulheres presentes, e que a matéria de sua obra poética era o tempo presente. Hoje, esse tempo nos traz talvez a mais pontual indagação; nada menos do que "salvar" (ou não) o sistema. A saída que encontraram, trilhões de dólares, dinheiro público "dado", e justificado em nome da incontestável boa causa de salvar o sistema, provavelmente não funcionará eternamente, pois é preciso muito mais do que emitir dólares para escapar do buraco sem fundo do endividamento mundial a que estamos condenados, por esse mesmo sistema que eles agora querem salvar a todo custo.
A imensa expansão especulativa, especialmente nos últimos 30 anos, é inseparável do aprofundamento da crise dos ramos produtivos da indústria e seus resultados no campo financeiro. Agora, também no ramo da produção industrial a crise está ficando muito pior.
Imaginar que dentro da contraditória estrutura capitalista tal salvação será encontrada é a pior espécie de pensamento ilusório, beirando a irracionalidade total. Eis porque Marx é mais relevante hoje do que alguma vez já o foi. Pois apenas uma mudança revolucionária pode proporcionar a esperança historicamente sustentável e uma solução para o futuro.

Vou contigo para onde A vida flor / Eu sou você / E sou eu / E sou todos nós / Somos o nó da corda / Que não se desenlaça / Com espada / Somos a garantia do futuro.

Daniel Oliveira é auxiliar de biblioteca da EMJC, poeta e militante da Corrente Sindical Unidade Classista/Intersindical

terça-feira, 11 de novembro de 2008

COMISSÃO DE PROFESSORES DE RIO CLARO, INTERIOR DE SÃO PAULO DENUNCIA: PREFEITURA QUER CRIAR A FIGURA DO PROFESSOR ROTATIVO.


Um ataque está sendo deferido à educação pública municipal de Rio Claro, orientado pela atual administração. Está-se intencionando aprovar na Câmara Municipal a regulamentação do professor adjunto, espéciie de professor cujo objetivo é a substituição dos professores titulares quando faltam ou em impedimentos. Mas qual é o problema disto? Qual o problema do professor adjunto?O problema está nos fatores que cercam sua regulamentação, bem como nas condições de trabalho que estes profissionais terão quando efetivados. Para ficar claro, o professor adjunto poderá ganhar menos de R$ 20,00 por dia, ou algo em torno de R$ 400,00 ao mês. Portanto, o professor que dará aulas aos alunos de Rio Claro poderá ganhar em torno de um salário mínimo, algo inaceitável quando se postula a necessidade de uma educação de qualidade para a população. Isto acontecerá porque os professores de Rio Claro ganham por hora-aula, e como eles terão menos horas-aula, seu salário poderá ser apenas um terço do salário do professor titular. O interessante é que foi aprovado recentemente no Congresso Nacional o piso salarial nacional, que é de R$ 950,00, valor considerado insuficiente, mas ainda sim maior que do Professor Adjunto, que dificilmente terá um salário fixo.Mas os problemas não ficam na questão salarial. O professor não terá sede em escola, e sim na Secretaria da Educação, podendo ir a qualquer escola em qualquer canto da cidade sob as ordens da administração. Cabe lembrar que onde existe essa organização adiministrativa, os professores que são perseguidos politicamente são direcionados ao extremo oposto de onde moram, por exemplo. Isso obviamente diminui a qualidade da educação oferecida, uma vez que o professor não cria vínculos com a escola tampouco com a comunidade, já que fica a mercê da administração, criando a figura do professor rotativo.O professor adjunto, na prática, também não tem plano de carreira, fato que é corroborado pela inexistência da tabela de vencimento que comporte a existência de 10 horas semanais, podendo ser aumentadas de acordo com as aulas ministradas. Portanto, atualmente não existe possibilidade legal de ascender na carreira.Deve-se lembrar que quando da aprovação do Estatuto do Magistério, os professores foram contrários à aprovação do professor adjunto, pois apontava para os problemas já exposto, problemas que nada mais são do que reflexo da precarização do professor, da desvalorização do magistério e do desleixo ante a qualidade do ensino oferecido a população.O problema não é somente para o professor, mas sim para a rede municipal de ensino. Se serão efetivados 300 professores adjuntos, então a possibilidade de correr a lista do último concurso é pequena, uma vez que as vagas para efetivação de professores titulares estarão preenchidas. Mas se mesmo assim a lista for seguida, poder-se-á criar concorrência entre os professores adjuntos, já que o número de salas vagas será menor. Por exemplo, se em dois anos forem chamados 150 professores do último concurso, 150 salas serão ocupadas, diminuindo a demanda de salas para os professores adjuntos, que terão agora duas salas por professor para concorrerem. Cria-se assim um inchaço, que prejudicará todos, inclusive o orçamento da educação.É um projeto perigoso para todos, professores (independente do adjetivo utilizado), alunos, pais e população de uma forma geral. É dever de todos lutar contra este projeto, que visa a precarização não somente do professor adjunto, mas do Professor e da Educação Pública, cerne do desenvolvimento da sociedade.
COMISSÃO DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE RIO CLARO.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

TODO APOIO AO ANDES - Sindicato Nacional!




Docentes, estudantes e trabalhadores de diversas categorias de todas as regiões do país estarão em Brasília, no dia 11 de novembro, para o Ato Público em Defesa da Liberdade de Organização e Autonomia Sindical. A mobilização é parte da jornada de lutas aprovada no III Congresso Extraordinário do Andes e percorrerá a Esplanada dos Ministérios até chegar ao Congresso Nacional, onde os ativistas denunciarão a criminalização dos movimentos sociais e o ataque à liberdade de organização sindical. Na pauta, também, a defesa dos serviços públicos e direitos sociais dos estudantes e trabalhadores da cidade e do campo. Estamos juntos!

domingo, 9 de novembro de 2008

120 mil professores protestam contra o governo em Portugal




Mais de 120 mil professores protestaram neste Sábado em Lisboa, na maior manifestação de sempre realizada em Portugal por uma classe profissional e que ultrapassou em número de presentes a marcha da indignação realizada há oito meses. A manifestação, para além de recusar a avaliação burocrática de desempenho, constituiu uma censura ao governo e à sua política de educação. A ministra, arrogante como sempre, reafirmou em conferência de imprensa que não suspende a avaliação.
O portal esquerda.net fez em directo reportagem da manifestação dos professores, entre as 15 e as 18 horas. Só a essa hora (18 horas) é que a cauda da manifestação saiu do Terreiro do Paço.
Nas entrevistas realizadas as professoras e os professores foram unânimes na rejeição da avaliação de desempenho, que os prende numa teia de preenchimento de papelada burocrática, que os ofende e que lhes retira tempo necessário para a preparação das aulas.
Os docentes são também unânimes a considerar que esta avaliação de desempenho é na verdade um ataque à Escola Pública.
A ministra da Educação, em conferência de imprensa dada no Porto cerca das 17 horas e na forma arrogante que costuma usar, declarou que "já viveu momentos mais críticos, que não aceita suspender o processo burocrático de avaliação e afirmou que os professores não querem ser avaliados.
Todas as professoras e professores entrevistados pelo esquerda.net foram unânimes na afirmação de que querem ser avaliados, mas rejeitam uma falsa avaliação, burocrática, que só visa dividi-los e na prática põe em causa a Escola Pública.
A demissão da ministra foi reivindicação unânime dos professores, que lutam contra: a avaliação burocrática de desempenho; o concurso de colocação de professores; o novo regime de gestão e administração escolar; o Estatuto da Carreira Docente, que divide os professores.
Os protestos dos docentes vão continuar.









Ultrapassando em dimensão a gigantesca mobilização do último 8 de Março (mais de 100 mil), esta manifestação ampliou o que na anterior era já absolutamente excepcional: a concentração conjunta da esmagadora maioria dos membros de uma classe profissional, um gigantesco e combativo plenário, uma classe profissional em peso levantada em defesa dos seus direitos e da sua dignidade e do próprio sentido cívico da sua profissão.
Manifestação de professores
É este o resultado da gestão incompetente, retrógrada e autoritária do Ministério da Educação do Governo Sócrates, da sua política de destruição de direitos e de afrontamento do próprio núcleo de liberdade que é intrínseco ao processo de ensino e de aprendizagem e à escola pública em concreto.
A Ministra da Educação reagiu com o cinismo e o obstinado autoritarismo que são usuais neste Governo. Manifestou-se disponível para "dialogar", mas reafirmou nada ter a alterar nas políticas que vem seguindo, particularmente no que se refere à avaliação dos professores segundo um modelo por estes rejeitado como inoperacional, não fundamentado e inerentemente injusto. Insultou as organizações sindicais e os próprios manifestantes. Deu um novo passo no prosseguimento de um confronto que ameaça bloquear todo o sistema de ensino.
Esta grandiosa ação de massas é uma expressão inequívoca do significativo estreitamento da base social de apoio a este Governo, que nenhuma "sondagem" poderá ocultar. O seu imenso e justo clamor é por um ensino e por uma esperança de futuro para os professores e a escola pública portuguesa.
O Diario.info
No fim da maior manifestação de sempre dos professores, o líder da Fenprof e porta-voz da Plataforma Sindical reconheceu que "neste momento, não há espaço para meios-termos e não há entendimento possível. Da nossa parte, não há nenhuma abertura para nada que não seja a suspensão imediata". Mário Nogueira apelou aos professores para que parem a avaliação e o plenário aprovou protestos no fim de Novembro e uma greve nacional para 19 de Janeiro, no segundo aniversário da publicação do Estatuto da Carreira Docente. Veja aqui os vídeos da reportagem esquerda.net.

Ao anunciar a saída da Plataforma comissão paritária de acompanhamento do processo de avaliação, Mário Nogueira disse que a ministra sofre de "analfabetismo político", por não ter "capacidade democrática para interpretar o significado das manifestações". Maria de Lurdes Rodrigues reagiu à contestação sem precedentes da classe reafirmando que não recua na aplicação do seu modelo de avaliação e acusando os professores de estarem a agir em função das eleições legislativas que se aproximam. Suspender a aplicação deste modelo de avaliação "não tem sentido nenhum”, no entender da ministra, que também se pronunciou sobre a greve anunciada, dizendo que “não será a primeira nem a última”.




Na resolução aprovada, os professores presentes comprometeram-se a recusar "concretizar qualquer actividade que conduza à instalação ou desenvolvimento do modelo imposto pelo Ministério", promovendo moções em cada escola para a suspensão do processo. E também aprovaram "protestos descentralizados" para o fim deste mês: dia 25 nas capitais de distrito do Norte, 26 no Centro, 27 na Grande Lisboa e 28 no Sul.




A greve nacional de professores e educadores ficou marcada para dia 19 de Janeiro, o Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses, quando se completam dois anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente. Fica em aberto a realização duma greve ainda até ao fim do primeiro período lectivo, "caso o Ministério da Educação não suspenda a aplicação da avaliação de desempenho e não recue em matéria de concursos".




Outro ponto da resolução aponta para a realização duma Marcha Nacional pela Educação "que envolva, para além dos professores, pessoal não docente das escolas, estudantes, pais e encarregados de educação, bem como todos os que considerem indispensável a profunda alteração do rumo da actual política educativa". A Plataforma Sindical ficou mandatada para estabelecer contactos para que esta Marcha aconteça no decorrer deste ano lectivo.




A avaliação dos professores e a reacção da ministra aos protestos juntou a maior parte da classe e toda a oposição contra Maria de Lurdes Rodrigues. "A ministra está aflita e o Governo está aflito. Pensam que de uma forma ditatorial e prepotente conseguem impor regras nas escolas", disse Francisco Louçã que também esteve na manifestação dos professores. Louçã classificou o modelo de avaliação do ministério da Educação como "incompetente, disparatado e prejudicial para escolas, professores e alunos". Quanto à estratégia para derrotar a avaliação nas escolas, Louçã defendeu que "a suspensão escola a escola dá mais força aos professores. É agora que têm de vencer a ministra e o primeiro-ministro", concluíu o dirigente bloquista.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Valores do Vencimento Base e Gratificação de Dedicação Excluisva


Frequentemente aparece a pergunta de qual seria o salário do educador infantil no cargo ou função de diretor e vice-diretor de estabelecimento de ensino. Estes valores estão definidos na lei do reajuste do ano passado e varia de acordo com a classificação da escola.
Para calcular o valor do salário há duas opções, tanto para os/as professores/as como para os/as educadores/as infantis:
a) salário + extensão de jornada + gratificação por dedicação exclusivaoub) vencimento base X 2 + gratificação por dedicação exclusiva
Segue abaixo a tabela retirada da Lei do Reajuste do ano passado com o vencimento-base e a GDE no caso dos diretores e vice-diretores de estabelecimento de ensino.
Diretor de Estabelecimento de Ensino I - Vencimento base: 2005,61 GDE: 1476,00
Vice-Diretor de Estabelecimento de Ensino I - Vencimento base: 1857,03 GDE: 1230,00
Diretor de Estabelecimento de Ensino II - Vencimento base: 2082,29 GDE: 1660,50
Vice-Diretor de Estabelecimento de Ensino II - Vencimento base: 1931,32 GDE: 1414,50
Diretor de Estabelecimento de Ensino III - Vencimento base: 2158,97 GDE: 1845,00
Vice-Diretor de Estabelecimento de Ensino III - Vencimento base: 2005,61 GDE: 1599,00
Diretor de Estabelecimento de Ensino IV - Vencimento base: 2257,07 GDE: 2029,50
Vice-Diretor de Estabelecimento de Ensino IV - Vencimento base: 2082,29 GDE: 1783,50
Diretor de Estabelecimento de Ensino V - Vencimento base: 2355,20 GDE: 2214,00
Vice-Diretor de Estabelecimento de Ensino V - Vencimento base: 2158,97 GDE: 1968,00
Thaís Tavares


Educação Infantil na PBH
Coletivo Travessia





Parecer Eleição Escolar



Colegas, solicitamos um parecer jurídico ao Dr. Domingos sobre eleição escolar.
Estamos enviando nesta semana um resumo para as escolas.
Este parecer nos ajuda na discussão de que não permitir que educador/a
concorra à direção escolar é PRECONCEITO.
Leiam e divulguem.
SIND/REDE-BH

domingo, 2 de novembro de 2008

Quatro lembretes para todos nós que queremos mudar o mundo




Por Rodrigo Oliveira Fonseca*




A partir desse azedume do segundo turno, quando, a despeito de qualquer problema semântico, comprovamos que o pior sempre poderá piorar, resolvi escrever alguns lembretes nem um pouco pessimistas. A hora é bem apropriada.


1 – Agir coletivamente


Um dos males culturais do nosso tempo é esse foco no indivíduo, na intimidade, no "eu interior", ou seja lá o que se chame. Tudo isso tem nos levado à ilusão de vivermos a vida de forma autêntica, verdadeira, singular, quando na verdade o que tem nos consumido é um vazio imenso, uma falta (ou pobreza) de sentidos... Em verdade, desse jeito compramos muito mais facilmente os sentidos prontos e à disposição nas prateleiras da indústria cultural.


Não tem saída sem olhar pra fora da janela, abrir a porta e convidar algumas pessoas para entrar. Temos que nos esforçar pra ver de um lugar mais alto e mais amplo que o nosso umbigo, a nossa rua, o nosso (muitas vezes já duríssimo) drama pessoal. Sem prejuízo algum para as iniciativas individuais, que são imprescindíveis, nossas ações precisam ser coletivas! Dificilmente as iniciativas pessoais viram correntes, e menos ainda correntezas, a não ser que tenham em si um poder aglutinador.


Essa força coletiva e aglutinadora a gente não se consegue apenas somando lideranças, juntando espíritos inquietos. Nós, os já perturbados com o mundo, mais do que formar confrarias entre iguais ou quase iguais, temos que descobrir formas variadas de perturb..., de sensibilizar os outros! Isso não se consegue com arrogância nem com frases prontas.


Nesse sentido toda manifestação, todo panfleto, todo pequeno ou grande gesto de luta pra mudar o mundo, não pode ser apenas contra isso, contra fulano, ou contra tudo. Não pode ser apenas um descarrego de raiva (e de consciência) ou de frustrações (ainda que com os desejos mais profundos, em estado puro). Não pode ser nenhum descarrego, desconto, troco,... deve muito mais servir como uma ponte, como um convite pra que outros possam realmente se somar – e multiplicar. Isso se faz com linguagem, posturas e procedimentos, o que nem sempre é fácil controlar, mas também se faz, sempre, com vontade e decisão de agir coletivamente.


Vamos desbaratar o discurso liberal, que diz que a liberdade de "um" começa onde termina a do "outro". O mundo não é aquela banda (que felizmente não escuto há tempos) "Uns e Outros", ele não é formado por seres isolados e indiferentes entre si, perfeitamente intercambiáveis. Isso é o grande sonho do capitalismo, poder reduzir as pessoas a uma função, a um lugar vazio dentro de uma estrutura (de produção), facilmente preenchido por qualquer um que tenha que se submeter a ele. Somos ao mesmo tempo diferentes e extremamente dependentes uns dos outros. O que é preciso é mudar algumas dessas dependências e dessas liberdades...


Contra essa liberdade imensa que o sistema tem pra nos tirar o emprego, a casa, a saúde, a tranqüilidade, o conhecimento, a voz, a disposição,... só com muita ação, e só com muitos agindo. 2 – Falar e fazer. Fazer e falar.


Diferentemente do que se diz por aí, não é verdade que "falar é fácil, o difícil é fazer!". Falar é difícil pra caramba... E falar também é fazer. "Fulano só fica no verbo"... quem diz isso se esquece que verbo é prática, é ação, e que muitas vezes até mesmo ficar calado e não repetir aquilo que esperam que você repita, já é um tremendo dum gesto. Silenciar em determinado momento pode ser bastante subversivo.


Tanto naquilo que a gente pode e deve fazer como naquilo que a gente pode e deve falar, o importante é buscar os sentidos. Sobretudo os sentidos que derrubam a acomodação. Fazer por fazer ou falar por falar não ajudarão na bela tarefa cotidiana de mudar o mundo. Falar deve ser sempre um convite ao fazer. Fazer deve sempre ser um convite ao falar, à reflexão coletiva, à crítica, ao estudo.


3 – Estudar e estudar.


Outra coisa que no comportamento de muitos perturbados com o mundo parece secundária mas não é: estudar. O estudo, historicamente, tem levado muitas pessoas ao enfrentamento contra o sistema. Ele tem o poder de despertar, de mexer conosco, sobretudo quando feito de forma interessada e interessante.É claro que muitas coisas que se estuda são profundamente alienantes, não passam de saberes instrumentais à ordem, que servem apenas para a reprodução do sistema em suas muitas demandas e funções. Não é desse estudo que se trata aqui.


Precisamos estudar de diversas maneiras, não só com livros e não só com os "livros de estudar". É possível estudar com o bairro onde a gente mora, estudar com a literatura, com o cinema, na conversa com os familiares e amigos. Pode-se estudar até na escola e na faculdade!!! Pode-se estudar assistindo o pior dos programas na TV. Isso porque quem faz o estudo é sempre quem estuda, é o olhar de quem estuda, analisa e compreende.


Mas precisamos, evidentemente, estudar as mais diversas formas de intervir no destino das coisas. Só se faz isso, entretanto, com muita humildade, com a consciência de que nunca saberemos o bastante, e que o resultado de todo bom estudo não é chegar a respostas inabaláveis, mas sim a capacidade de fazer novas e melhores perguntas. Perguntas que façam o chão tremer e o horizonte se abrir. As respostas, bem, as respostas a gente conquista, na prática, como de certa forma escreveu o velho Karl Marx: a prática é o critério da verdade.


4 – Combater.


Há alguns anos atrás, no Fórum Social Mundial, pela boca de João Pedro Stédile, do MST, ouvi algo que me marcou profundamente. Algo simples: não basta apoiar os fracos, os pobres, os trabalhadores; é preciso combater os poderosos, os ricos, os grandes empresários. Essa sentença adquire uma força maior se pensamos os vínculos do MST com a Teologia da Libertação, que marcou um acontecimento no seio do cristianismo latino-americano.A tradicional atenção aos pobres no cristianismo (em oposição àqueles que hoje seguem a Teologia da Prosperidade) implicava em caridade, em doação de bens. A partir da ação e dos escritos de teólogos que estudaram o marxismo de coração aberto, a atenção aos pobres virou combate à pobreza, virou doação de si para esta causa fenomenal.


Não se combate a miséria olhando-se apenas para a miséria. No capitalismo, ela é resultado direto da riqueza de uns poucos. Esse combate (bater em conjunto, agir coletivo) não é certamente contra as pessoas, mas contra os papéis e funções que elas cumprem na ordem social. O combate é contra a possibilidade de elas poderem continuar fazendo o que fazem, em detrimento da maioria.


Nessa contra-função, nessa resistência e enfrentamento, é claro que não há como agradar a todos, não há como ser totalmente simpático. Se nos parece que estamos fazendo algo grande para mudar o mundo, e com isso que fazemos não provocamos reações, de nenhum tipo, é um sinal claro de que ainda não tocamos nas coisas mais essenciais da manutenção da ordem.O capitalismo tem demonstrado uma capacidade imensa de absorver as pessoas, os grupos e as idéias que surgem para o combater. Vejam a apropriação feita da imagem do Che Guevara. Vejam o que se tornaram alguns partidos considerados de esquerda. Vejam o que algumas ONGs têm faturado na ausência do Estado. A imagem de Che, a esquerda parlamentar e o trabalho de cooperação desenvolvido por algumas organizações, quando deixam de significar enfrentamentos, quando deixam de implicar em combate à ordem e são por ela engolidos, servem muito bem na promoção da imagem de um mundo mais democrático e tolerante.


É esse outro engodo que nos forçam engolir nestes tempos, a tolerância, no sentido de indiferença, de passividade. Tolerar é bem diferente de compreender. Os que compreendem e não toleram o mundo como ele é são chamados de autoritários... Mas é por trás desses discursos de recusa de toda e qualquer autoridade, de critérios, de diferenciação, que se pode ver o mais violento autoritarismo, o autoritarismo da impossibilidade de questionar e alterar as coisas no mundo. Isso é intolerável! Nos reduz a lesmas.


Ao invés de ficarmos amargando estes últimos acontecimentos do mercado do voto, do jogo eleitoral, cada um de nós tem, todos nós temos, certamente, alguma forma de conciliar essas necessidades de combater, de estudar, de fazer e falar e de agir coletivamente.


Afinal de contas, mudar o mundo não é nada assim de outro mundo.




*Rodrigo Oliveira Fonseca é Jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em história social da cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), professor-bolsista e doutorando em estudos da linguagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).