quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Unidade Classista e o 8º Congresso do SindUTE-MG


O oitavo Congresso do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do estado de Minas Gerais acontecerá nos dias 21 a 24 de Julho, em Poços de Caldas.

Trata-se de uma categoria humilhada e massacrada pelos sucessivos governos neoliberais de Minas. Aécio Neves não paga nem o piso mínimo para professores estipulado por lei federal. Na verdade paga a metade desse mínimo! O SIND-UTE, por sua vez, não consegue (tenta?) atingir esse governo fajuto, inventor de impostos, que não fez nada para o estado a não ser muita propaganda.

É indispensável que os trabalhadores na educação ao menos controlem seu próprio sindicato como instrumento de defesa contra o massacre que estão sofrendo. Qualquer trabalhador sindicalizado pode participar do Congresso, contanto que consiga o apoio (assinaturas) de 16 companheiros na base (mesmo que não sejam sindicalizados). As inscrições se encerram no dia 10 de Junho.

Praticamente toda a base está descontente com o SIND-UTE, de forma que a Corrente Sindical Unidade Classista tem a obrigação de auxiliar qualquer desses trabalhadores a participar desse Congresso.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os Aspectos Culturais e Educacionais da Revolução Cubana - Debate


Atividade dos 50 anos da Revolução Cubana

28 de maio,quinta- feira

19:00h Debate: “Os Aspectos Culturais e Educacionais da Revolução Cubana". Com Maria Antônia Ramos - Conselheira Política da Embaixada de Cuba no Brasil

Local : Cine Teatro - terça- feira
Silviano Brandão s/n° - Centro de Contagem

quarta-feira, 20 de maio de 2009

RESPOSTAS DA PBH AS NOSSAS REIVINDICAÇÕES ATÉ 12 DE MAIO


Realizamos duas reuniões de negociação com a PBH. A primeira, no dia 04 de maio, com a presença das Secretaria de Educação, Recursos Humanos e Planejamento, e a segunda, no dia 12 de maio na SMED.

REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO COM A SMARH E SMED - 04/05
No dia 04 de maio as propostas do governo foram apresentadas pelo Secretário de Planejamento Sr. Helvécio. Segundo ele, a PBH está elaborando um projeto mais amplo que inclui a assistência à saúde do funcionalismo, a reestruturação da BEPREM, a questão do Fundo Previdenciário, um projeto de formação permanente, a constituição de um código de ética para evitar o assédio moral, uma nova proposta de avaliação de desempenho.
Para isso, já foram contratadas assessorias para realizarem pesquisas sobre o clima institucional, o censo de saúde do/a servidor/a, a atualização do cálculo atuarial do Fundo Previdenciário. Caso seja necessário, serão realizadas adequações legais.
Em relação a alguns pontos urgentes da categoria, as respostas foram:
a) Reajuste Salarial: foi afirmado que neste momento não há nenhuma proposta e quando ela existir, não será linear. Ou seja, não será um índice igual para todos. Além disso, o governo discutirá com cada setor a remuneração variável. A partir de 2010 ela já será aplicada na área da saúde, através do Programa Bom de Serviço.
b) Vale-refeição: haverá um aumento do valor, que está em fase de estudo. Ainda não há data para ser definido nem o percentual que será aplicado.
c) Educação Infantil: vai regularizar o pagamento da jornada complementar realizada em 2008 na folha de pagamento de maio, que fica pronta em junho; vai regularizar, em maio, a questão do vale-refeição para dois cargos; será analisada, sem data definida, o pagamento da jornada complementar nos moldes da “dobra”; neste momento, não há discussão de unificação da carreira, pois a consideram distinta do cargo de professor e julgam que a expansão do atendimento ficará prejudicada.
d) Cursos de Pós-graduaçãoe) Avaliação de Desempenho: será realizada a terceira etapa da avaliação antes do final de junho.

domingo, 17 de maio de 2009

RMEBH: CALENDARIO APROVADO NA ASSEMBLEIA DO DIA 14 DE MAIO


16 de maio - Participação na festada Ocupação Dandara com panfletagem
18, 19 e 20 de maio - Panfletagem nas comunidades escolares e discussão nas escolas/UMEIs
19 de maio - reuniões da Educação Infantil no sindicato - 8h e 14 h
20 de maio - reunião de Auxiliares de Biblioteca – 14 h
21 de maio – reunião de Direções de Escola/UMEI – 14 h
22 de maio – Manifestação na Secretaria Municipal de Educação - 15 horas
27 de maio – Prazo final para PBH apresentar respostas concretas às demandas da categoria
28 de maio – Plenária de Representantes
29 de maio – discussão nas escolas/UMEIs
02 de junho - reunião de professores/as de disciplinas especializadas
03 e 04 de junho – 02 (Dois) dias de GREVE
03 de junho - Assembleia Geral da Rede às 08 horas e Ato Unificado com os demais Servidores.
04 de junho - Manifestação na Secretaria Municipal de Educação

quarta-feira, 13 de maio de 2009

CAMPANHA SALARIAL RMEBH 2009: ORGANIZAR A GREVE PARA GARANTIR ANTIGOS E NOVOS DIREITOS!



Na assembléia do dia 24 de abril definimos pela greve a partir de 14 de maio, caso a PBH não respondesse às nossas reivindicações na negociação do dia 04 de maio.
Sendo Assim, na reunião de negociação, os representantes do governo municipal afirmaram que não existe previsão de reajuste salarial e quando houver, ele não será igual para todos/as. Apresentaram ainda que pretendem discutir conosco a remuneração flexível, a reorganização da avaliação de desempenho, a reestruturação da BEPREM e da Previdência Municipal.
Ou seja, retomam polêmicos debates realizados entre 1998 e 1999 e que exigiram muita disposição de luta da Rede.
Em relação aos quase 5 mil diplomas de pós-graduação parados por motivos diverso (data de publicação da avaliação para fins de estabilidade com seis meses de atraso o que permitiu o protocolo dos cursos para progressão na carreira somente em janeiro de 2008, após a nova regra; os cursos ofertados pela PBH e iniciados antes da nova legislação, como Segundo Tempo, Escola Aberta, etc.), a resposta do governo foi de realizar um levantamento dos diferentes casos
até o final do mês para definir o encaminhamento que será tomado pela administração.
No caso da Educação Infantil, o governo afirmou que não pode unificar a carreira docente porque isso dificulta a ampliação do atendimento.

Ou seja, a PBH quer repetir a mesma política utilizada para a ampliação do ensino fundamental na década de 1980 e parte de 1990, quando a universalização do atendimento ocorreu a partir da precarização das condições de trabalho e de vida dos/as profissionais da educação.

As respostas do governo deixam explícito que só teremos retorno concreto às nossas reivindicações se colocarmos o bloco na rua e pressionarmos o governo. Neste sentido, defendemos que a assembléia do dia 14 de maio defina pela continuidade da greve com o seguinte calendário:


15 de maio - volta às escolas para
comunicar à comunidade escolar a
continuidade da greve


16 e 17 de maio - panfletagem nas
c omu n i d a d e s e c ome r c i o ,
participação na festa da Ocupação
Dandara


18 de maio - regional de greve e+
reunião do comando de greve


19 de maio - manifestação na PBH


20 de maio - manifestação na
Secretaria de Administração e
Recursos Humanos


21 de maio - assembleia

domingo, 10 de maio de 2009

Lançamento do livro Ana A borboleta


Caros amigos,

O lançamento do meu primeiro livro "Ana a borboleta", será no dia 4 de junho, quinta - feira, na livraria Leitura do Pátio Savassi às 19:00h.
É com imensa alegria que compartilho com vocês este momento ímpar em minha vida.
Espero a afetuosa presença de todos vocês.

Um abraço,

Helenice M. Rodrigues de Lima

Professora da EM José de Calasanz

Belo Horizonte - Minas Gerais

sábado, 9 de maio de 2009

Boletim da REDE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH



Em Assembleia lotada, seguida de uma longa passeata, que passou pela Secretaria de Administração e seguiu até a porta da PBH, a categoria deu a resposta à omissão, aos desmandos e à incompetência do governo municipal e da SMED em resolver os problemas das escolas e responder, dignamente, às nossas reivindicações. Desta forma, a categoria definiu:


a) greve dia 14 de maio, no dia unificado de greve na PBH com todo o funcionalismo municipal;


b) a continuidade da greve da educação, será definida na assembléia do dia 14 de maio.


A unificação de nossa luta é uma resposta necessária ao continuísmo da política desrespeitosa desta administração com os/as servidores/as municipais e com todos/as os/as trabalhadores/as de Beagá que utilizam o serviço público.
A nossa decisão exige o debate interno nas escolas e a organização da categoria para garantir uma resposta coletiva à altura dos descaminhos que vivemos atualmente: a falta de tempo para nos reunirmos e pensarmos, coletivamente, propostas que garantam a qualidade do processo ensino-aprendizagem, o crescimento do adoecimento da categoria e das situações de conflito entre estudantes e docentes, a demora na regularização do pagamento dos cursos de pós-graduação e do pagamento da jornada complementar da educação infantil, o desrespeito ao direito da categoria em definir a sua organização e representação sindical.


CALENDÁRIO




14 DE MAIO: GREVE UNIFICADA NA PBH




27 de abril a 11 de maio
– Discussão nas escolas do indicativo de greve


8 de maio
14h - Reunião de professores de disciplinas específicas
18h30 - Reunião de Representantes do Noturno
(EJA, Ensino Regular Noturno)

12 de maio
8h e 14h - Reunião de Representantes - manhã e tarde


14 de maio - GREVE UNIFICADA NA PBH
14 HORAS - ASSEMBLEIA DA REDE PRAÇA DA
ESTAÇÃO


21 de maio
14 horas - Reunião Direções de escola/UMEI


http://www.redebh.com.br/


domingo, 3 de maio de 2009

Proposta do MEC: Concurso único para professor da educação básica


O Ministério da Educação vai entrar em uma área até agora intocada pelo governo federal: a seleção de professores para a educação básica.

Em comum acordo com os secretários estaduais de Educação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) apresentou uma proposta de concurso nacional para contratação de professores, tanto para as redes estaduais quanto municipais. O primeiro pode ocorrer já no segundo semestre deste ano, se houver adesão.

A proposta não é que o MEC faça a seleção no lugar dos governos locais, mas prepare a prova que será usada nos concursos, o que criaria um padrão mínimo nacional. "Nós discutimos há muito tempo a qualidade da formação do professor. Uma das formas de influenciar essa qualidade seria por meio dos concursos, mas muitos municípios afirmavam que é caro desenvolvê-los", explica a presidente do Consed.

O projeto apresentado pelo MEC prevê a formação de um banco de nomes para contratação pelos Estados e municípios. Os candidatos - formados ou terminando os cursos superiores de preparação de professores - fariam uma prova de 80 questões objetivas mais três dissertativas. No caso dos docentes de ensino infantil e da 1ª à 5ª série, haveria provas de conteúdo em matemática e português e métodos de aprendizagem. Nos demais, provas diferentes para cada área de ensino.

Uma outra possibilidade, apresentada pelos secretários ao Inep, seria que o ministério apenas tornasse disponível um banco de questões para serem usadas em provas montadas pelas próprias secretarias. O MEC ainda acena com a possibilidade de ajuda aos Estados e municípios que aderirem ao sistema. Uma das alternativas seria uma bolsa para os candidatos com melhor classificação a fim de garantir sua imediata contratação. Outra possibilidade seria oferecer cursos de formação para aqueles que não obtiveram resultados tão bons.

A seleção: por prova nacional, em uma fase de 5 horas, com 80 questões objetivas e 3 questões dissertativas, que serviriam também de redação

As provas ocorrerão no segundo semestre de 2009 para o ensino infantil e as séries iniciais do ensino fundamental; em 2010, haverá uma prova por semestre, para o ensino fundamental; e a partir de 2011, uma prova por semestre, para o ensino básico

As notas: A para as 15% melhores; B para as 35% melhores notas seguintes; C para as 35% melhores notas a seguir; D para as 15% piores

Se aderirem, os governos (Estados e municípios) poderão escolher com quais conceitos o professor é aprovado; podem acrescentar uma prova, com questões regionais, análise de títulos e outras perguntas

Além da prova, o MEC poderá oferecer bolsas para os melhores classificados e cursos para professores classificados com níveis mais baixos (B ou C)

sábado, 2 de maio de 2009

MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE




Na história da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, nós, trabalhadores/as das escolas e as comunidades escolares, construímos propostas educacionais comprometidas com a classe trabalhadora. Expressão dessa luta é o capítulo de educação da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, fruto do debate e das lutas sociais realizadas durante os anos 1980 e das propostas aprovadas no I Congresso Político-Pedagógico da Rede Municipal de Belo Horizonte, em 1990.

Entretanto, nos últimos anos, o governo municipal retrocedeu, e muito, as conquistas democráticas da educação, e abandonou qualquer resquício de diálogo com os/as trabalhadores/as e as comunidades escolares.

O atual governo aderiu ao projeto “Todos pela Educação”, modelo empresarial para a escola pública brasileira. Expressões dessa adesão são o Prêmio Parceiros da Escola, forma de privatização da educação pública, o Boletim Único, as Avaliações Sistêmicas e o retorno da reprovação automática.

Neste sentido, nosso desafio é construir uma política educacional que seja parte do processo de transformação social e do desenvolvimento pleno do ser humano. Uma política educacional que considere importante que:
a) as individualidades e práticas culturais, religiosas e políticas de cada comunidade sejam respeitadas para que a escola pública se transforme em um espaço de superação e de aquisição de conhecimento para a classe trabalhadora.
b) o Estado tenha políticas sociais que garantam melhorias efetivas na condição de vida da imensa maioria da população.
c) a construção de espaços sociais garantam a participação da classe trabalhadora na definição de políticas públicas, bem como na fiscalização das mesmas, por entendemos que somente dessa forma os interesses do conjunto da sociedade, e em especial a classe trabalhadora, podem ser priorizados.

Como elementos para a construção dessa política educacional apresentamos, a seguir, alguns pontos que consideramos fundamentais na sua constituição.

1) Os tempos e espaços escolares

Acabar com os espaços de reuniões coletivas, cortar e controlar o tempo de planejamento dos trabalhadores em educação é um desrespeito aos tempos dos/as estudantes; e ao dever dos/as trabalhadores/as em educação de planejar, avaliar, estudar[n1] e construir a proposta político-pedagógica, ações essenciais para a qualidade da educação e do trabalho educativo que garanta a participação consciente dos estudantes sobre a realidade em que vivem[n2] .
Neste sentido, defendemos o direito dos estudantes terem suas dificuldades e potencialidades pensadas pelo coletivo de trabalhadores/as.
Para isso, é urgente a ampliação do percentual da jornada de trabalho destinado ao planejamento, avaliação e estudo individual e coletivamente, além da ampliação do quadro das escolas, evitando assim as substituições nestes horários.

2) Autonomia e Gestão Democrática

A autonomia das escolas é fundamental para tomarmos decisões e construirmos, coletivamente, alternativas criativas. Neste sentido, é fundamental a participação de todos/as os segmentos da comunidade escolar e do conjunto da população na definição das políticas educacionais de nossa cidade.
Para isso, é fundamental a (re) construção das instâncias de gestão democrática da escola e do Sistema Municipal de Educação, que garantam a participação dos/as trabalhadores/as da educação, da comunidade e gestores na definição de uma política educacional comprometida com a classe trabalhadora de nossa cidade.

3) O currículo e o processo de avaliação

Defendemos que o currículo se constrói na relação da escola com a comunidade e a partir das concepções ideológicas de educadores e dos próprios estudantes.
Neste sentido, consideramos as provas avaliativas como instrumentos de intervenção no trabalho docente, reduzindo as suas tarefas pedagógicas à instrução, ao adestramento. Por isso, propomos que (propostas dos grupos).

4) O financiamento da educação

Defendemos a aplicação imediata de 10% do PIB na educação e o aumento progressivo até chegar a 15% e no âmbito dos estados e municípios a aplicação de 30% da receita, mas com programas estritamente educacionais. Para programas sociais como bolsa escola, escola aberta, escola integrada e outros devem ser alocadas verbas extras.

5) Da inclusão e valorização dos estudantes

A luta pela educação inclusiva é parte da luta pela universalização da educação pública brasileira. Entretanto, avaliamos que a atual política da Prefeitura de Belo Horizonte não garante o direito efetivo das crianças, jovens e adultos à educação e garantias essenciais à vida. As necessidades e demandas do/a estudante não são somente responsabilidade de um/a professor/a ou grupo de professores/as, mas do sistema educacional e de outros instrumentos necessários ao bem estar do cidadão. Por isso, deve ser realizado um trabalho articulado entre o/a profissional, a escola, a Secretaria Municipal de Educação e demais órgãos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, garantindo a todas as crianças, jovens e adultos acesso aos serviços existentes.

6) Violência e Espaço Escolar

Os/as trabalhadores em educação e a escola não têm como resolver os problemas que geram a violência na sociedade; não tem como, a partir unicamente da escola, eliminar a violência dentro dela. Mas as instituições educacionais podem e devem gerar estratégias para minimizar e lidar com estes problemas. Estratégias que só podem ser desenvolvidas a partir de uma concepção de escola que respeita os trabalhadores e estudantes, que pensa coletivamente os fazeres. À medida que os espaços de diálogo diminuem ou são esvaziados do seu conteúdo, à medida que se aumenta a pressão sobre trabalhadores e estudantes, a violência dentro das escolas também aumenta.
Neste sentido, exigimos do Estado que dê amparo aos/às trabalhadores/as e estudantes vítimas de violência dentro das escolas, mas mais do que isto, os espaços democráticos e a autonomia de cada comunidade escolar devem ser respeitados para que possamos coletivamente gerar estratégias para lidar com cada novo desafio que se apresenta à escola, e com isto minimizar e lidar com as situações de violência.

Grupos de trabalho nesta conferência:

· Gestão democrática
· Avaliação
· Currículo
· Organização dos tempos e do trabalho
· Concepção de escola
· Violência nas escolas e violência contra o professor



Assinam este manifesto:
Coletivo Travessia


Unidade Classista/MG

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PBH regulamenta pós-graduações mas omite cursos à distância


Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

Ano XV - Edição N.: 3325

Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo
DECRETO Nº 13.556 DE 23 DE ABRIL DE 2009
Regulamenta o art. 6º da Lei nº 7.969, de 31 de março de 2000, com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 9.465, de 07 de dezembro de 2007.
O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, considerando o disposto no art. 4º da Lei nº 9.465, de 07 de dezembro de 2007, que altera o art. 6º da Lei nº 7.969, de 31 de março de 2000,DECRETA:
Art. 1º – Para os fins da concessão dos níveis de vencimentos previstos no art. 6º da Lei nº 7.969/00, com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 9.465/07, os ocupantes dos cargos públicos efetivos da Área de Atividades de Educação que tenham alcançado a estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal, quando da aquisição de título de escolaridade superior ao exigido para o respectivo cargo público efetivo, deverão apresentar na Gerência Regional de Educação – GERED, da Secretaria de Administração Regional Municipal à qual se vinculem, os seguintes documentos:
I – requerimento específico, a ser preenchido em duas vias para cada cargo efetivo;
II – certificado e/ou diploma de conclusão do curso respectivo, registrado no órgão competente, em fotocópia autenticada, ou o original e fotocópia, que será autenticada pelo setor responsável pelo recebimento;
III – para os cursos de mestrado e doutorado, além das exigências constantes dos incisos I e II deste artigo, os diplomas de conclusão devem vir acompanhados da respectiva dissertação ou tese apresentada à banca examinadora, bem como da cópia da ata da sessão do exame;
IV – para os cursos de especialização lato sensu, além dos requisitos previstos nos incisos I e II deste artigo, comprovantes de atendimento das seguintes exigências, simultaneamente:
a) curso ministrado por Instituição de Ensino Superior, que mantenha programa de pós-graduação credenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, ou curso ministrado por Instituição que mantenha programa de pós-graduação e que seja conveniada com o Município de Belo Horizonte para o oferecimento de cursos de interesse da Municipalidade;
b) curso cuja qualificação profissional mínima exigida para o corpo docente seja o título de mestre;
c) curso com duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas presenciais efetivas, devidamente comprovadas;
d) curso que exija monografia ou trabalho de conclusão de curso apreciado por banca que possua, no mínimo, título de mestre, devendo a cópia respectiva acompanhar o requerimento;
e) curso oferecido por instituição de nível superior que ministre cursos de pós-graduação na mesma área de estudo há, no mínimo, 5 (cinco) anos;
f) pertinência temática da monografia ou do trabalho de conclusão do curso com as atribuições do cargo efetivo do servidor;
g) compatibilidade entre o período de freqüência do curso e a jornada diária do servidor, mediante atestado expedido pela instituição que ministrou o curso, que deverá explicitar os períodos e os horários de comparecimento do aluno, além de atestado da chefia imediata especificando o horário de trabalho e a freqüência do servidor no período respectivo, excetuada a hipótese de fruição de licença para tal finalidade.
§ 1º - Excetuam-se da exigência do inciso II do caput deste artigo os cursos de especialização, mestrado ou doutorado realizados em universidade estrangeira, cujos certificados de conclusão ou diplomas devem vir acompanhados dos requisitos estabelecidos nos incisos III e IV do caput deste artigo, conforme o caso, bem como da homologação prevista em legislação específica.
§ 2º - A tese, a dissertação, a monografia ou o trabalho de conclusão do curso apresentados pelo servidor poderão, após análise, ser encaminhados para o acervo da Biblioteca do Professor.
Art. 2º – O requerimento será imediatamente encaminhado pela GERED para a Gerência de Organização Escolar – GEOE, da Secretaria Municipal de Educação – SMED, para a análise do atendimento dos critérios previstos no art. 1º deste Decreto, e cuja conclusão será fundamentada, especialmente quanto à pertinência temática da dissertação, tese, monografia ou do trabalho de conclusão do curso com as atribuições do cargo efetivo do servidor.
§ 1º – Preenchidas as exigências estabelecidas neste Decreto, a GEOE/SMED remeterá a documentação respectiva para a Gerência de Avaliação de Desempenho – GAVD, da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos – SMARH, para sua averbação nos assentamentos do servidor.
§ 2º – Os requerimentos indeferidos serão registrados pela GEOE/SMED nos assentamentos do servidor.
Art. 3º – Os efeitos financeiros referentes à concessão de níveis de vencimentos decorrentes do atendimento das exigências previstas neste Decreto dar-se-ão a partir do mês em que ocorrer o protocolo na GERED da integralidade da documentação exigida no art. 1º deste Decreto, conforme a hipótese prevista nos incisos e parágrafos do referido dispositivo.
Art. 4º - Fica revogado o Decreto nº 10.239, de 11 de maio de 2000.
Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 23 de abril de 2009

Marcio Araujo de Lacerda

Prefeito de Belo Horizonte