terça-feira, 30 de março de 2010

Greve de Professores da Rede Particular de Minas

Em assembleia com paralisação das atividades, realizada na última sexta-feira (26/3), na Associação Médica de Minas Gerais, cerca de mil professores da rede privada de ensino de Belo Horizonte e região decidiram, por unanimidade, recusar a contraproposta patronal – que retira direitos históricos – e decretaram estado de greve, com a manutenção da mobilização e a organização do movimento.


Também por unanimidade, decidiram paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira (5/4) – nos três turnos –, quando será realizada nova assembleia, às 8 horas, no auditório da Faculdade de Medicina da UFMG (av. Alfredo Balena, 190 - Centro - BH).

No mesmo dia, às 17 horas, a categoria fará manifestação na porta do sindicato patronal – Sinep/MG (Rua Araguari, 644 - Barro Preto - BH). A decisão dessa sexta é válida para os professores que lecionam em municípios da área de abrangência do Sinep/MG, entre eles Belo Horizonte e região metropolitana (Confira a lista das cidades).

segunda-feira, 29 de março de 2010

[RMEBH] Educação na rua, Lacerda a culpa é sua!


Cerca de três mil trabalhadores em educação da rede pública municipal de Belo Horizonte decidiram, frente a intransigência do governo municipal em negociar com a categoria, manter a greve da educação.
Após a assembleia, saimos em passeata até a PBH, devidamente cercada pela guarda municipal.
Em mais um capítulo desta luta, os trabalhadores deram mostras de que seguirão firmes na mobilização, conscientes de que este é um momento chave para barrar o sucateamento da educação pública na capital.
A próxima assembleia será dia 5 de abril, no Marconi as 14h.
Amanhã, as 14h, promoveremos uma manifestação na câmara municipal de BH.

Daniel Oliveira
Unidade Classista/Intersindical Minas Gerais

quinta-feira, 25 de março de 2010

Unidade Classista/SP – Trabalhadores da educação - Construindo a Intersindical e a Oposição Alternativa

A Unidade Classista é uma corrente sindical composta por militantes do PCB e por trabalhadores e sindicalistas que querem resgatar um sindicalismo de luta, de defesa dos interesses dos trabalhadores, unitário e classista. A Unidade Classista participa da construção da Intersindical, instrumento de organização e luta dos trabalhadores.

Nós, professores da rede estadual de São Paulo, estamos em greve desde 5 de março. A situação dos profissionais da educação em São Paulo se tornou insuportável. Os salários, congelados há mais de dez anos, não permitem uma vida digna, muito menos possibilitam aos professores investirem na sua formação. O governo Serra procura culpar os professores por todos os males da educação, isentando os sucessivos governos pelo abandono das escolas e dos alunos. O governo destrói os planos de carreira, dividindo a categoria em regimes de trabalho diferenciados e cada vez mais precários, numa insuportável sopa de letrinhas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Frente à omissão da PBH, a greve na educação de BH continua firme!

Os/as Trabalhadores/as em Educação realizaram a segunda assembleia de greve deste ano. Sem nenhuma proposta do governo, a ampla maioria (quase unanimidade) definiu pela continuidade da greve.
A assembleia no Colégio Marconi representou para a categoria um marco no movimento, pois foi neste lugar que grandes greves tiveram início em um passado próximo. As assembleias lotadas, manifestações fortes e a luta da categoria garantiram muitos direitos que hoje brigamos para mantê-los e ampliá-los. Retomar esta história e dar início à greve com 70% de adesão é um importante passo para um novo capítulo da rede municipal.

A passeata ocupou as ruas desde a Av. do Contorno até a porta da PBH. Ao som da música "Enrolation do Lacerdão", caminhamos dando voz à indignação presente nas escolas pela discriminação contra os/as professores que trabalham na educação infantil; pelas propostas meritocráticas de remuneração que desconsideram direitos como a licença médica e maternidade; pelas ordens e instruções de serviços autoritárias; pela falta de recomposição salarial desde 2007; entre outras coisas.

Estamos em greve por tempo indeterminado! Esperamos que esta situação se resolva logo, pois só voltaremos para as escolas depois de uma proposta concreta e satisfatória de reajuste salarial e unificação da carreira da educação infantil.

Abraços,

Thaís e Cristiane

segunda-feira, 22 de março de 2010

Trabalhadores em educação de Minas reivindicam aplicação do Piso Salarial


Apesar de não ter sido oficialmente convidado para a solenidade de inauguração da nova sede administrativa do Estado no dia 04 de março de 2010, o povo se fez presente através dos movimentos sociais que organizaram a primeira manifestação reivindicando melhores salários e condições de trabalho.

Os trabalhadores em educação do estado de Minas Gerais se reuniram no dia 16 de março para uma assembléia seguida de ato na nova sede do executivo mineiro. A paulatina precarização das condições de trabalho dos servidores assim como o recebimento de salários com piso abaixo do mínimo levou os educadores a dar uma resposta ao governador Aécio Neves e sua política de déficit zero. Nos últimos oito anos, o chamado “Choque de Gestão” não fez nada mais do que reduzir investimentos em saúde, segurança e educação em prol de uma política de austeridade de gastos. Esse modelo neoliberal se pauta na diminuição do estado e a liberdade de atuação dos setores privados. Há que se lembrar que nunca as empresas e os bancos privados em Minas Gerais lucraram tanto. Essa lógica se manifesta também nos chamados prêmios por produtividade, onde os trabalhadores recebem bônus de acordo com critérios estabelecidos pelo governo. Essa prática, além de não possibilitar ganho real, empurra a culpa do descaso do governo com a educação nas costas dos professores, que além de tudo, são colocados uns contra os outros a fim de desmobilizar a categoria.

Ainda que a propaganda oficial afirme o sucesso do “Choque de Gestão”, o que os educadores encontraram na nova sede, foi uma obra faraônica em que estimativas levantam gastos na ordem de 2 bilhões de reais. A opulência dos edifícios não mascara as reais intenções com as construções. Levar o administrativo do executivo para uma região que fica praticamente fora dos contornos da cidade visa desmobilizar qualquer organização social que intente contra o governador uma vez que não acontece dialogo direto com a população e a mídia dá o tom que lhe aprouver. Outra situação que chamou a atenção dos professores foi o grande aparato policial que acompanhou a manifestação. Cerca de 800 policiais, dentre eles policia montada e a tropa de choque devidamente preparados para um conflito, guardavam o entorno dos prédios da sede.

Mesmo com toda essa situação contrária, os mais de 3000 trabalhadores não se intimidaram e realizarão uma assembléia que estabeleceu a data limite de 08 de abril: se até lá, o governador não negociasse a implantação do Piso Salarial nacional de R$ 1312,82, os trabalhadores entrariam em greve por tempo indeterminado. Seguiu-se uma manifestação que circulou a Cidade Administrativa junto aos trabalhadores da Saúde, polícia civil e servidores públicos e para dialogar minimamente com a população, fechou-se uma pista da Rodovia por cerca de 30 minutos.

A causa é justa e é chegada a hora dos donos do poder aprenderem uma lição: são os professores e demais profissionais da educação que estão na linha de frente na batalha da construção da cidadania. Os trabalhadores em educação exigem respeito e valorização! A luta é de todos nós! A vitória não tardará!

Daniel Braga (Buzz) – Professor de História da REEMG (Ibirité) e militante da corrente sindical Unidade Classista/Intersindical

Veja a Nota da INTERSINDICAL sobre a greve dos Trabalhadore(a)s em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte (MG)




INFORMES DA GREVE NA RMEBH




Sexta-feira fizemos mais uma atividade da greve: uma manifestação na porta da SMED. Na porta mesmo, pois ao tentar entrar, a Secretaria Municipal de Educação fechou as portas de vidro e chamou muitos guardas municipais para assegurar que não conseguiríamos chegar perto de tão "ilustres" pessoas. Esta é a primeira vez que encontramos as portas da SMED fechadas, apesar de já ser comum nas outras secretarias e na PBH. Mais uma vez o governo trata como privado algo que é público, assim como faz com a Praça da Estação.
A manifestação estava lotada e fizemos uma pequena passeata na Av. do Contorno. Panfletamos e conversamos com pessoas que passavam por lá, explicando porque estávamos nas ruas e não nas escolas.

domingo, 21 de março de 2010

Concurso Público para a educação em Minas já!


Em Junho próximo, o setor da educação completará cinco anos sem a realização de concursos públicos, o que já contraria há muito a recomendação do Ministério Público, que orienta o poder público a desenvolver concursos a cada quatro anos, tendo em vista as aposentadorias que ocorrem nesse período e a necessidade de se manter um efetivo quadro de funcionários estatutários.

Nós sabemos muito bem porquê o Governo Aécio não tem feito concursos nesse período.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um breve Balanço da Gestão Neoliberal de Aécio Neves


Aécio Neves (PSDB) é um dos políticos com o mais alto índice de popularidade no país. Porém, é importante destacar que pertence a um partido símbolo do neoliberalismo no Brasil e vem promovendo ataques sistemáticos a direitos dos trabalhadores e até mesmo da liberdade de imprensa.

A popularidade que usufrui o governador Aécio Neves é fruto do apoio que recebeu, ao longo de suas duas gestões, de todo o complexo de comunicação do Estado e das oligarquias mineiras, além da ausência de uma oposição forte tanto na Assembléia Legislativa como no conjunto do funcionalismo. O próprio Governo Federal e a Prefeitura de Belo Horizonte, ambos ligados ao PT, por razões eleitoreiras, manifestaram apoio ao Governo, mesmo em momentos que direitos dos servidores vinham sendo atacados como foi o caso do famigerado “Choque de Gestão”.

CALENDÁRIO DA GREVE DA RMEBH


18 DE MARÇO - QUINTA-FEIRA - 09 HORAS NA PORTA DA PBH
APÓS ALMOÇO VAMOS ORGANIZAR COMISSÕES PARA FECHARMOS MAIS ESCOLAS E AMPLIARMOS A GREVE (o ponto de encontro de Venda Nova é o Geteco)

19 DE MARÇO - SEXTA-FEIRA - 14 HORAS NA PORTA DA SMED
NA PARTE DA MANHÃ VAMOS ORGANIZAR COMISSÕES PARA FECHARMOS MAIS ESCOLAS E AMPLIARMOS A GREVE (o ponto de encontro de Venda Nova é o Geteco)

VAMOS PARTICIPAR COM ENTUSIASMO, LOTAR AS RUAS, FECHAR AS ESCOLAS E AMPLIAR A NOSSA GREVE.

quarta-feira, 17 de março de 2010

GREVE NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BH!!

Iniciamos ontem uma greve por tempo indeterminado na rede municipal de educação de Belo Horizonte! Com ela estamos reivindicando reajuste salarial, melhores condições de trabalho e a tão batalhada e sonhada isonomia funcional.

Precisamos garantir que a grande maioria das UMEIS estejam fechadas e as educadoras de braços cruzados. Ano passado fizemos várias paralisações, muitas reuniões e nenhuma proposta concreta de reajuste para a categoria. Este ano trilhamos um caminho diferente: greve! Agora o governo terá que nos levar a sério.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Professores entram em greve em SP

Mais de 10 mil professores da rede estadual de ensino de São Paulo se reuniram em assembleia nesta última sexta-feira, dia 5, na Praça da República, centro de São Paulo, aprovando greve por tempo indeterminado a partir do dia 8, segunda-feira.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mulher: como identidade de classe


Um agradecimento à mulher que me ensinou que a única identidade que fere o Capital é a identidade de classe,

Uma lembrança também ao homem que nos lembrou que somente entendendo todas as lutas poderemos chegar ao sonhado sem nome;
Porque mulher é antes ou depois? Se por um lado veio da costela, de outro veio de algumas dúvidas,

sexta-feira, 5 de março de 2010

MST e EZLN: Perseguição e ajuda às escolas dos movimentos sociais

Em fevereiro de 2009 as escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram fechadas por uma determinação do Ministério Público (MPE) do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o MP e o governo estadual realizaram um acordo que confirmou o término do convênio entre o estado e o Movimento para a contratação de professores. Esse acordo representou o fechamento de oito escolas itinerantes do MST.